A morte não marca hora, A partida, A vida que véio mandô, A volta do tordilho negro, A.M.M.M, Abraçada com a tristeza, Abram cancha pro Rio Grande, Abre o fole tio Bilia, Amor de contrabando, Amor de infância, Amor de verão, Ao som de um gaitaço, Apenas uma flor, Baile da Mariquinha, Baile de candeeiro, Baile nas Cabritas, Baita macho, Barbaridade, Bate-coxa no Totonho, Bebum, Bem gauchão, Boi Barroso, Bombacha preta, Bugio da fronteira, Burro picaço, Canarinho cantador, Canção do Araguaia, Canta meu povo, Canto alegretense, Canto dos livres, Capão de mato, Céu, sol, sul, Céu, sol sul terra e cor, Chacoaiando as mondonguêra, Chamamento, Churrasco lá em casa, Cinzeiro amigo, Cobra sucuri, Coração de luto, Desgarrados, Doce amargo do amor, Domingueiro, É disso que o velho gosta, É meu, é só meu, Engarupado, Estância do meu pai, Eu quisera, Eu só peço a Deus, Facão três listas, Falso amigo, Fica comigo, Filha de gente valente, Fim do nosso amor, Gaita e violão, Gaita velha do seu Ary, Gauchinha Bem-Querer, Gaúcho amigo, Gaúcho da Passo Fundo, Grito dos livres, Infância frustrada, Já me cansei, Judiaria, Lendário avô, Limpa banco, Lindo rancho, Majestade no Pampa, Mala de garupa, Menino potro, Mercedita, Meu sistema, Mocinho aventureiro, Morena Rosa, Morocha não, Na casa do Zé do Guincho, Não vá, Negrinho do pastoreio, O bugio, O colono, Olhar feiticeiro, Passo Fundo do coração, Prenda minha, Que droga de vida, Que saudade, Querência amada, Rastro de bugio, Recordações de Ypacaraí, Relho trançado, Retoço de gaita e pandeiro, Roda de chimarrão, Santa Catarina, Seguindo o vento, Sistema antigo, Só espero ser feliz, Só restou, Tempo de guri, Tertúlia, Tordilho negro, Trem da fronteira, Trem da saudade, Triste madrugada, Tropeiro velho, Última carta, Última ginetiada, Um mundo de amor, Vai, vai no balanço do Tchê, Vai cantador, Vai começar, Vamo rapaziada, Vaneirinha das prendas, Vanerão da noite inteira, Velho casarão, Veneno da terra, Verde e amarelo, Veterano, Vida de solteiro,Yahoo,
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sábado, 18 de setembro de 2010
Vida de solteiro
Vida de solteiro - Teixeirinha
Tom: C7 Intro: F C7 F Nascido e criado lá meu Rio Grande C7 não tem quem me mande eu sou meu patrão Encilho meu pingo quando amanhece F e quando anoitece estou noutro rincão Chego numa festa de chapéu tapeado C7 não sou mal criado trato com respeito Eu toco violão e sou bom cantador F ser namorador é meu maior defeito Int. Gosto de carreira e de briga de galo C7 tenho um bom cavalo para condução Por onde eu passo eu namoro um pouco F mas eu não sou louco prender o coração As moças perguntam porque não me caso C7 eu não me atraso pra dar a resposta Eu sou muito novo e se eu me casar F irei carregar uma mulher nas costas Int. As velhas implicam por que não me amarro C7 só ponho no barro algum namoradinho Conheço as morenas, das loiras eu entendo F mas não me arrependo de viver sozinho Em porta de baile eu arrasto as esporas C7 briga sem demora logo me aparece Puxo meu facão e no meio da sala F eu encho de bala quem não me obedece Int. A vida é tão curta por isso aproveito C7 vivo desse jeito até quando eu quiser Quero aproveitar a vida de solteiro F gasto meu dinheiro e não quero mulher Se eu me casar eu perco a liberdade C7 vou sentir saudade das noites de farra Mais quando eu cansar de viver na orgia aí, F qualquer dia uma moça me agarra
Verde e amarelo
Verde e amarelo - Teixeirinha
Tom: F Intro: F C7 F
Sou caboclo amante da minha terra de um ranchinho lá da serra C7 Eu cheguei estou aqui
Sou tão simples como a flor da pitangueira mas eu conheço a bandeira F C7 F Desta terra brasileira pátria amada onde eu nasci
Bb Não desfaça da minha simplicidade da vergonha e da hombridade C7 Que eu trouxe da verde mata Bb F Sou caboclo, sou a água da cachoeira C7 F Sou o sabiá laranjeira sou a lua cor de prata Int.
Sou caboclo, da bandeira o amarelo sou os trigais dourado e belo C7 Sou a soja e o arrozal
Sou o verde da bandeira, o campo, é céu o Brasil é meu troféu F C7 F O caboclo sem chapéu cantando o hino nacional
Bb Sou vinte e duas estrelinha cor da água sou um brasileiro sem mágoa C7 A grandeza do universo Bb F Sou a haste da bandeira, sou azul C7 F Sou o cruzeiro do sul sou a ordem o progresso Int.
Sou caboclo deste Brasil continente sou a bandeira imponente C7 Amo ela e não é pouco
Se um irmão do meu verso desmerece menos do que eu conhece F C7 F A bandeira que enaltece este meu Brasil caboclo
Bb O bom Jesus nasceu de Maria santa e este caboclo que canta C7 De outra Maria nasceu Bb F Outra Maria eu casei e me beija a boca C7 F É a mais linda cabocla brasileira que nem eu Int.
Veneno na terra
Veneno na terra - Teixeirinha
Tom: Ab7 Intro: Db Ab7 Db
Ab7 Veio o progresso destruiu as matas Db e os passarinhos já foram embora Ab7 Os que não foram o veneno matou Db ai que tristeza o Rio Grande de outrora Ab7 Sei que o progresso é muito importante Db mais muita coisa ele também destrói Ab7 A natureza silvestre e saudável Db não tem mais, o coração me dói
Ab7 Não vejo as águas dos rios e riachos Db tão cristalina como antigamente Ab7 Onde as espécies matavam a sede Db e a natureza sorria pra gente Gb Veneno bravo do progresso louco Ab7 Db poluiu tudo desgraçadamente Int. Ab7 É muito lindo verduras plantadas Db ver os trigais, os arrozais também Ab7 Mais á na base do puro veneno Db então me diga que graça isso tem Ab7 Ganância triste querem plantar tudo Db por que não plantam só a metade Ab7 Preservem as matas e mãe natureza Db que dá saúde para humanidade
Ab7 Como é que antes plantavam a colhiam Db sem o veneno não havia a fome Ab7 Por que um inseto combatia o outro Db e não morria envenenado o homem Gb Mas gananciosos derrubaram as matas Ab7 Db e é só veneno que o povo consome Int. Ab7 Quero a volta das verdes matas Db quero as espécies do animal nativo Ab7 Quero os peixes de águas puras Db e também quero o progresso vivo Ab7 Quero retorno dos passarinhos Db quero a pureza dos campos e da serras Ab7 Pra não matar o homem do amanhã Db não ponham mais veneno na terra
Ab7 Quero que morra o cientista burro Db e no caixão leve todo o veneno Ab7 Quero que nasce um cientista humano Db com outra química para o terreno Gb Vão se unir as matas e as plantações, Ab7 Db e amanhecer molhados de sereno Int.
Velho casarão
Velho Casarão (xote) - Teixeirinha
LP 20 Anos de Glória - 1979
LP 20 Anos de Glória - 1979
Tom: E Intro: E A B7 E
B7 Velho casarão já quase tapera E da grande figueira sombreando o telhado B7 Se ela falasse contava a história E de quem te plantou há um século passado B7 Mas como eu sou neto de quem lhe plantou E eu conto a história casarão amado A Nas suas paredes tem furo de bala B7 das revoluções que a história fala A B7 Serviu de trincheira a varanda e a sala E pra seu construtor meu avô afamado Int. B7 Ali meu avô os doze filhos criou E sou filho que um empunhou a bandeira B7 Meu avô morreu e ficou o meu pai E mandando na estância pela vida inteira B7 Meus tios foram embora pra outra querência E ficou o casarão que foi sempre trincheira A Na frente o meu pai seu chimarrão tomava B7 comigo no colo ele me embalava A B7 Com a minha mãe os dois cantarolavam E para mim dormir na sombra da figueira Int. B7 Lá por trinta e dois houve outra revolta E as forças chegaram e foram invadindo B7 Meu pai minha mãe abraçados aos fuzis E velho casarão outra vez resistindo B7 Lá do meu berço eu sai engatinhando E pra ver e ouvir a bala zunindo A As forças recuaram acabou a desgraça B7 a figueira grande abafou a fumaça A B7 Meu pai demonstrou ter ficado com a raça E do meu velho avô que brigava sorrindo Int. B7 Casarão querido da grande figueira E ali fiquei moço faceiro e pachola B7 Meu pai me ensinou a ser bom cantador E e o primeiro acorde de uma viola B7 Depois veio a morte e levou os meus pais E sai pelo mundo minha fama minha rola A Quando ficar velho, velho casarão B7 volto pra contigo tombar no chão A B7 Da grande figueira quero o meu caixão E e pra minha alma o céu por esmola Int.
Infância frustrada
Infância frustrada - Teixeirinha
Tom: E Intro: D A E7 A
E7 A O fim do ano está chegando novamente E7 Me faz lembrar da minha infância tão cruel! D A Eu me frustrava, como eu me sentia mal E7 Naquele dia: vinte e cinco do Natal A Pobre de mim! Não tinha o bom Papai Noel.
REFRÃO E7 A Papai Noel, quanta tristeza você me dava E7 A Papai Noel, no meu ranchinho você não chegava!
Int. E7 A Naquele tempo pensei que o bom Papai Noel E7 Ele viesse pra criançada toda em geral D A Acreditava ardorosamente no bom velhinho E7 Que também vinha poro menino pobrezinho A Vem até hoje mais só quem pode ganha o Natal
E7 A Papai Noel velhinho esnobe, é comercial E7 A Papai Noel por isso os pobres não ganham Natal
E7 A Papai Noel hoje eu entendo quem é você E7 É um comerciante que só propaga na televisão... D A Não vem do céu, como eu pensava, antigamente E7 Ainda judias do pobrezinho do inocente A Como judiava do coitadinho do meu coração
E7 A Papai Noel hoje eu me vejo em cada criança E7 A E7 A Papai Noel que continuas na desesperança
Vai cantador
Vai cantador - Teixeirinha
Tom: D Intro: A7 D A7 D
D A7 D Ponteando sua viola lá vai indo o cantador A7 Nos seus versos bem rimados vai cantando a sua dor G D Sua voz cheia de mágoa sai do peito sofredor A7 D Na sua melancolia eu ouvi quando dizia saudades de um grande amor. A7 Vai cantador, desabafa tua mágoa, pra onde tu vais eu venho D Notes bem que eu também tenho, os meus olhos rasos d'água.
D A7 D Escuta minha tristeza no ponteio da viola A7 Os acordes doloridos é o pouco que me consola G D Pareço um menino triste que ainda não teve escola A7 D Pareço com o jogador que jogou o próprio amor agora pede esmola. A7 Vai cantador, tu vais voltar como eu quem vai atrás de guarida D Nos caminhos desta vida saudades nunca morreu.
D A7 D Viola quando eu morrer vou te deixar de herança A7 Pra aquela ingrata mulher uma dia terá lembrança G D De chegar na campa fria nem que seja por vingança A7 D Depositar uma flor para o triste cantador que eternamente descansa A7 Vai cantador que de volta estou chegando não há consolo alem D Irás aonde eu fui também, também voltarás chorando.
Um mundo de amor
Um mundo de amor - Teixeirinha
Tom: Dm Intro: Dm A7 Dm
Que bom se eu pudesse um dia A7 levar alegria pra quem tem tristeza Que se eu fosse mais que os nobres Dm pra levar aos pobres o pão sobre a mesa D7 Gm Quem bom seu pudesse sair fazer o surdo ouvir e mudo falar Dm A7 Que bom se eu pudesse fazer o paralítico andar e correr Dm E o bom ceguinho eu fizesse enxergar
C (Eu não queria ser cristo senhor Bb A7 Nem eu o cantor que vive de canções Gm Dm Eu simplesmente só queria ser A7 Um homem qualquer que tivesse o poder Bb A7 Dm Pra dar alegria a tantos corações) Int. Que bom se eu pudesse agora para as mães A7 que choram buscar seu filho amado Que bom se eu pudesse acalmar Dm a viúva a chorar, o esposo sepultado Que bom se eu pudesse a amante curar D7 Gm num instante seu coração da dor Dm Se eu pudesse os enfermos curar A7 e as guerras pudesse acabar Dm E fazer do mundo um mundo de amor ( )Int. Que bom se eu pudesse ao ladrão A7 lhe tornar cidadão de roubar ele deixasse Que bom se eu tornasse o bandido num bom pai, Dm bom marido da prisão eu lhe soltasse D7 Gm Que bom se ao ébrio eu pudesse e ele viesse do álcool deixar Dm Que bom que seria e que prazer profundo A7 se eu pudesse dar paz a este mundo Dm Para todos crescer, viver e amar ( )Int.
Última ginetiada
Última ginetiada - Teixeirinha
Tom: C#7 Intro: F# C#7 F#
C#7 Eu encilhei o meu cavalo e levei outro F# fui convidado pra uma linda ginetiada B Cº F# Sai do rancho virava de meia noite C#7 F# a estrela Dalva repontava a madrugada C#7 Cheguei na festa o dia vinha clareando F# chegava o povo de carreta e a cavalo B Cº F# As oito horas tinha um concurso de rédeas, C#7 F# as dez e meia outro concurso de pealo Bis Int. C#7 Levei um zaino e um tordilho bom de rédeas F# com dois cavalos e com sobra de recursos B Cº F# Passei do zaino os arreios pra tordilho, C#7 F# já levantei com o primeiro concurso C#7 As dez e meia outro concurso de pealo F# passei pro zaino os arreios novamente B Cº F# Soltaram o potro, meu laço estava armado, C#7 F# botei certinho nas duas patas da frente Bis Int. C#7 Ao meio dia o churrasco foi um colosso F# cantei um xote pra saudar a gauchada B Cº F# No entrevero vi tanta prenda bonita, C#7 F# no meio delas minha antiga namorada C#7 E a meia tarde uma sanfona só chorava, F# deu um fandango e eu já me misturei B Cº F# O sanfoneiro era o Adelar Bertussi, C#7 F# por ser dos bons tirei a prenda e dancei Bis Int. C#7 Entrou a noite o fandango se animou, F# como foi lindo aquele divertimento B Cº F# A minha antiga namorada estava bela C#7 F# chamou seu pai e já marquei o casamento C#7 Passei por lá uma semana e me casei F# genro fiquei do seu Antônio Maximino B Cº F# Me despedi da gauchada e retornei C#7 F# eu vim no zaino e ela veio no tordilho Bis Int.
Última carta
Última carta - Teixeirinha
Tom: D Intro: D A7 D A7 D
D Eu recebi uma carta A7 De um amor que já gostei
Saudades mandou lembranças D Por isto já esperei
Mas agora é muito tarde A7 Tuas cartas eu já queimei Em E o teu retrato morena A7 D Por desaforo rasguei
Quantas noites sem dormir A7 Por tua causa passei
Perdi momentos preciosos D Nas vezes que te visitei
Quantos versos de autoria A7 Pra você eu dediquei Em Não respondo a sua carta A7 D De ser traído cansei
O prazer que ainda me resta A7 Que de tudo eu me vinguei
O amor que deste a outro D Eu primeiro que gostei
Os lábios que outro beija A7 Eu primeiro que beijei Em Eu não estou me gabando A7 D Teu nome não declarei
Na firma do nosso amor A7 Um erro grande eu achei
Botaste um sócio honorário D Por isto eu me retirei
Resposta da tua carta A7 É estes versos que cantei Em Sociedade com outro A7 D No amor nunca gostei
Tropeiro velho
Tropeiro velho (xote) - Teixeirinha
Tom: E7 Intro: A E7 A
E7 Tropeiro velho de tanta tristeza A esconde o rosto na aba do chapéu E7 Olha os cravados no fogo do chão A olha a fumaça subindo pro céu E7 Quebra de um tapa o seu chapéu na testa A esqueça os teus oitenta janeiros E7 Repare os campos lá vem a boiada A ela estrada gritando tropeiro A7 D Tropeiro velho não levanta os olhos A não tem mais força é o peso da idade E7 Acabrunhado à beira do fogo A está morrendo de tanta saudade Bis Int. E7 Tropeiro velho sou um moço novo A uma proposta te farei agora E7 Me dá teu pala o relho e o chapéu A bombacha e botas e o par de esporas E7 Me dá o cavalo e o arreio completo A vou continuar no teu lugar tropeando E7 Tropeiro velho levantou os olhos A sentado mesmo me abraçou chorando A7 D Beijou meu rosto e foi fechando os olhos A entregou tudo e morto tombou E7 Morreu feliz porque vou continuar A as tropeadas que ele tanto amou Bis Int. E7 Enterrei ele na beira da estrada A pra ver a tropa que passa e se vai E7 Vejam na cruz vocês vão saber A tropeiro velho era o meu próprio pai E7 Adeus meu pai tropeiro dos pampas A teu pensamento cumprirá teu filho E7 Estou fazendo aquilo que fizeste A grita a boiada em cima de um lombilho A7 D Tropeiro velho hoje descansa em paz A estou fazendo aquilo que ele fez E7 Os anos passam também fico velho A vou esperando chegar minha vez Int.
Triste madrugada
Triste madrugada - Teixeirinha
Tom: E Intro: E E7 A B7 E
B7 E Vem vindo a madrugada, como é triste B7 lá vou eu perambulando pelas rua A B7 Sou um vulto sem destino a caminhar E companheiro da querida imagem sua A Você dorme nesta hora, sei que dorme B7 E e não sabe que eu me encontro tão sozinho B7 Relembrando o passado tão feliz E quando era todo meu o seu carinho Int. B7 E Eu queria nesta hora estar juntinho B7 dos teus braços a chorar no seu ouvido A B7 Escutar dos teus lábios soluçando E fica sempre aqui comigo amor querido A Como é triste esta fria madrugada B7 E acordado estou sonhando com você B7 Minha bela e querida namorada E não quer mais o meu amor não sei porque Int. B7 E Se eu morresse nesta triste madrugada B7 seria tão alegre para mim A B7 Eu deixava de sofrer por teu amor E minha mágoa, minha dor teria fim A Lá na campa onde eu ia repousar você B7 E talvez levaria-me uma flor B7 Lia o meu nome escrito na santa cruz E este infeliz aqui morreu por teu amor Int.
Tordilho negro
Tordilho Negro - Teixeirinha
Tom: A Intro: D A7 D
A7 Correu notícia de um gaúcho lá na estância do paredão D Tinha um cavalo tordilho negro foi mal domado ficou redomão G A7 Esse gaúcho dono do pingo desafiava qualquer peão Dava o tordilho negro de presente D pra quem montasse sem cair no chão G A7 Eu fui criado na lida de campo não acredito em assombração D Fui na estância topar o desafio correu boato na população Int. A7 Era um domingo clareava o dia puxei o pingo e o povo reuniu Joguei os trastes no lombo do taura D murchou a orelha tive um arrepio G A7 Botei a ponta da bota no estribo algum gaiato por perto sorriu D Ainda disseram comigo eram oito que boleou a perna montou e caiu G A7 Saltei do lombo e gritei pro povo este será o último desafio Tordilho negro berrava na espora D por vinte horas ninguém mais nos viu Int. Mais de uma légua o pingo corcoveou A7 manchou de sangue a espora prateada D Anoiteceu o povo pelo campo procurando o morto pela invernada G A7 Compraram vela fizeram o caixão a minha alma estava encomendada D A meia noite mais de mil pessoas deixaram da busca desacorçoadas G A7 Dali a pouco ouviram o tropel olharam o campo noite enluarada Eu vinha vindo no tordilho negro feliz D saboreando a marcha troteada Int. Boleei a perna na frente do povo A7 deixei a rédea arrastar no capim D Banhado em suor o tordilho negro ficou pastando ao redor de mim G A7 Tinha uma prenda no meio do povo muito gaúcha eu falei assim D Venha provar a marcha do tordilho faça o favor monte no selim G Andou no pingo mais de meia hora A7 deu me uma rosa lá do seu jardim Levei pra casa meu tordilho negro D é mais uma história que chega no fim Int.
Só espero ser feliz
Só espero ser feliz - Teixeirinha
Tom: C7 Intro: F C7 F
C7 Adeus amigos companheiros de serestas F eu me despeço desta noite dos senhores C7 Levo lembranças, recordações das nossas festas F das serenatas, noites lindas, tantos amores C7 Hoje pra sempre me despeço da boemia F deixo a cidade, volto para o interior C7 Eu tenho alguém que lá espera noite e dia F já me cansei e vou viver pra aquele amor Int. C7 Minha querida estou de volta para ti F sofreste muito com minha ausência lá na cidade C7 Eu fui rapaz muito boêmio, me diverti F minha adorada, primeiro amor, me deu saudade C7 Trouxe o violão toda herança do meu passado F quero cantar depois do nosso casamento C7 As serenatas ao teu ouvido, só a teu lado F e te amar por toda vida fiz juramento Int. C7 Não chores muito, meu grande amor, tenha alegria F por que o boêmio que tu amas hoje se cala C7 O meu passado encerro hoje nesta melodia F e o violão vai pra parede da nossa sala C7 Quero beijar a tua boca com ternura F te abraçar forte junto ao meu coração C7 Quero esquecer as minhas noites de aventuras F quando eu cantar só para ti esta canção Int. C7 Deus abençoe o nosso lar por toda vida F quero moral, quero respeito e orações C7 Também prometo ser fiel minha querida F do bom casal são todas estas obrigações C7 Por me esperar por tanto tempo e ser sincera F eu agradeço por todo o bem que me quis C7 Serás pra mim sempre a primeira primavera F e o teu boêmio só espera ser feliz Bis Int.
Santa Catarina
Santa Catarina - Teixeirinha
Tom: F Intor: F C7 F
C7 Quero te saudar cantando minha Santa Catarina F Eu não fui nascido aí, mas tudo aí me fascina C7 As tuas praias de mar majestosa obra divina F As montanhas verdejantes com a água do mar combina Bb C7 Tua linda Florianópolis se espelha no verde mar Bb F C7 F Contrasta com a natureza e uma sereia a cantar Bb C7 A lua derrama prata depois que a noite desce Bb F C7 F O sol se transforma em ouro depois que o dia amanhece
C7 Linda Santa Catarina da extensão da grandeza F Tuas serras são encantos e os teus vales é só beleza C7 Tuas cidades festivais não há sinal de tristeza F Tua gente me comove com tanta delicadeza Bb C7 Tuas louras e morenas tem perfume da flor Bb F C7 F Canto Santa Catarina quase morrendo de amor Bb C7 Mulher feia nesta terra não poderia nascer Bb F C7 F Dentro de tanta beleza só beleza pode haver
C7 Meu povo catarinense, meu amigo, meu irmão F Faz divisa com o Rio Grande no meio do coração C7 Catarinense e o gaúcho tem a mesma tradição F É só me estender o braço que eu te alcanço o chimarrão Bb C7 Finco o espeto na divisa, carne gorda e bem assada Bb F C7 F Me alcance a tua farinha que alcanço a faca prateada Bb C7 Tomamos o nosso vinho, selo da nossa amizade Bb F C7 F Brindamos Getúlio Vargas e Anita Garibaldi
Relho trançado
Relho Trançado - Teixeirinha
Tom: E Intro: A E7 A E7 D A E7 A
E7 Um mau elemento me desafiou A De certo não sabe ainda quem eu sou! E7 Me pediu resposta,aqui eu estou, D A E7 A Esperando a briga que tu me marcou!
E7 Tu sabe onde eu moro e por onde eu passo, A A raça que eu tenho e a força do braço. E7 Trás o teu trabuco e as balas de aço, D A E7 A Tu erras os tiros e eu te passo o laço!
E7 Meu relho trançado eu carrego comigo A É a arma que eu tenho prá fraco inimigo! E7 Tu puxa o trabuco e eu sou um perigo D A E7 A E marco o teu lombo no sistema antigo.
E7 Velhinho ordinário, tu já é arroz, A Pelo teu recado o filho vem depois! E7 Eu conheço a tropa e o mugir dos bois D A E7 A Traz o filho junto, que eu bato nos dois!
E7 Cão que muito ladra não morde ninguém A Quem manda recado é certo que não vem! E7 Mas, se acaso vir, já me preparei bem: D A E7 A Meu relho trançado muita fama tem!
E7 Tu, antes de vir, compra a uma gamela, A Ponha sal bem grosso e água morna nela E7 Prá salgar teu lombo, também as canela, D A E7 A Depois cala a boca, língua de tramela!
Int.: A E7 A E7 D A E7 A
Querência amada
Querência amada (xote) - Teixeirinha
Tom: A Intro: E A E B7 E
A Quem quiser saber quem sou olha para o céu azul B7 A B7 E E grita junto comigo viva o Rio Grande do Sul A O lenço me identifica qual a minha procedência B7 A B7 E Da província de São Pedro padroeiro da querência
B7 E B7 E Ó meu Rio Grande de encantos mil disposto a tudo pelo brasil B7 E B7 Querência amada dos parreirais da uva vem o vinho E Do povo vem o carinho bondade nunca é demais
A Berço de flores da cunha e de borges de medeiros B7 A B7 E Terra de Getúlio Vargas presidente brasileiro A Eu sou da mesma vertente que deus saúde me mande B7 A B7 E E que eu possa ver muitos anos o céu azul do rio grande
B7 E B7 E Te quero tanto torrão gaúcho morrer por ti me dou o luxo B7 E Querência amada planícies e serras B7 Os braços que me puxa da linda mulher gaúcha E Beleza da minha terra
A Meu coração é pequeno porque deus me fez assim B7 A B7 E O Rio Grande é bem maior mas cabe dentro de mim A Sou da geração mais nova poeta bem macho e guapo B7 A B7 E Nas minhas veias escorrem o sangue herói dos farrapos
B7 E B7 E Deus é gaúcho de espora e mango foi maragato ou foi chimango B7 E B7 Querência amada meu céu de anil este Rio Grande gigante E Mais uma estrela brilhante na bandeira do Brasil
Que droga de vida
Que droga de vida (valsa) - Teixeirinha
LP Que Droga de Vida - 1982
LP Que Droga de Vida - 1982
Tom: C Intro: C G7 F G7 C G7 F C G7 C
Que droga de vida que eu estou levando G7 com esta mulher está me matando F G7 Com tantas mulheres que existe no mundo C suspiro profundo com outra sonhando Que droga de vida que estou alegando G7 com esta mulher me sacrificando F G7 Há outras mulheres da alma mais pura C minha procura e eu vivo enjeitando
G7 C Que droga de vida mais a culpa é minha G7 C não é uma rainha pra me chicotear F C Que tenha um coração igual a um tesouro G7 C e eu sou um tolo deixo me judiar
Que droga de vida que eu estou passando G7 com esta mulher só me castigando F G7 Tem outras mulheres que tem mais beleza C mais tenho certeza que estou acordando Que droga de vida que estou G7 amargando com esta mulher me amargurando F G7 Vou mostrar pra ela que eu venço o duelo C em outro castelo alguém está me esperando
G7 C Que droga de vida que viver tristonho G7 C quero ser risonho com um novo amor F C Quero ser feliz tenho esse direito G7 C de tirar do peito essa triste dor
Que droga de vida que vivo chamando G7 pra essa mulher que esta me escutando F G7 Tem outras mulheres que estão me querendo C e eu padecendo e ela me esperando Que droga de vida mais está acabando G7 com essa mulher o fim tá chegando F G7 Com outra mulher estou de namoro C coração de ouro estou te amando
G7 C Darei bela vida será mesmo assim G7 C levarei para mim uma linda mulher F C Deixei para outra cruel e fingida G7 C da droga de vida faça o que quiser
Olhar feiticeiro
Olhar feiticeiro - Teixeirinha
Tom: E Intro: D A E7 A
E7 Fui perseguido pelo seu olhar tentei fugir por uma razão A Porque em pedaços eu carregava dentro do peito o meu coração D E7 Eu tive medo de sofrer de novo é muito triste uma desilusão D A E7 A Mas seu olhar insistentemente me faz novamente cair na prisão
E7 Para fingir que não me amava eu quis fazer meu coração ruim A Mas seu olhar meigo e poderoso tomou aos poucos conta de mim D Deixei meus olhos recair nos seus E7 e os nossos lábios se uniram assim D A E7 A E apaguei meu antigo desgosto provando o gosto do seu carmim
REFRÃO D Ah, meu amor A Por outro alguém já morri de desejo E7 Bis Mas digo agora que provei seu beijo A Não há ninguém que tenha mais calor
Introdução: D A E7 A
E7 Agora sim eu sei que sou amado não tinha medo se houvesse rivais Você sozinha se prendeu por mim A seu grande amor não perderei jamais D E7 Você meu bem mudou a minha vida já rolei tanto pelos vendavais D A E7 Hoje em meus braços tudo é calmaria pareço o mar A depois dos temporais
Introdução: D A E7 A
E7 Teus olhos lindos me atraíram tanto como eu adoro teu corpo moreno A Nos teus cabelos negros como a noite o teu amor é doce veneno D Te amo tanto como a própria vida E7 chego a sentir meu coração vivê-la D A E7 A Sinto em meus lábios a sede do amor onde eu bebo gotas de sereno
Introdução: D A E7 A
O colono
O colono - Teixeirinha
Tom: E Intro: E B7 E
E B7 Não ri seu moço daquele colono A E agricultor que ali vai passando B7 Admirado com o movimento E desconfiado lá vai tropeçando B7 Ele não veio aqui te pedir nada A E são ferramentas que ele anda comprando B7 Ele é digno de nosso respeito E de sol a sol vive trabalhando B7 Não toque flauta não chame de grosso A G#m F#m E pra te alimentar na roça está lutando
Intro. B7 Se o terno dele não está na moda A E não há motivo pra dar gargalhada B7 Este colono que ali vai passando E é um brasileiro da mão calejada B7 Se o seu chapéu a da aba comprida A E ele comprou e não te deve nada B7 É um roceiro que orgulha a pátria E e colhe o fruto da terra lavrada B7 E se não fosse esse colono forte A G#m F#m E tu ias ter que pegar na enxada Int. B7 E se tivesse que pegar na inchada A E queria ver-te mocinho moderno B7 Pegar num coice de um arado nobre E e um machado pra cortar o cerno B7 E enfrentar doze horas de sol A E num verão forte tu suava o terno B7 Tirar o leite e arrancar mandioca E no mês de julho no forte do inverno B7 Tuas mãozinhas, finas, delicadas A G#m F#m E criavam calos viravam um inferno Int. B7 Esse colono enfrenta tudo isso A E e muito mais eu não disse a metade B7 Planta e colhe com o suor do rosto E pra sustentar nós aqui na cidade B7 Não ri seu moço mais desse colono A E vai estudar numa faculdade B7 Tire o VR e chegue lá na roça E repare lá quanta dificuldade B7 Faça algo por nossos colonos A G#m F#m E e que Deus lhe pague por tanta vontade
Intro.
Mocinho aventureiro
Mocinho aventureiro - Teixeirinha
Tom: B Intro: (C#7 F# B7 E) B7 E B7 E
B7 E Era mocinho ainda me lembro, dezoito anos completei B7 E Eu resolvi sair de casa, clareava o dia eu me aprontei B7 E A minha mãe me perguntou, diga meu filho pra onde vais B7 E Não respondi, só dei-lhe um beijo e abracei meu velho pai B7 E Ao despedir choram os que ficam também chora quem se vai
B7 E Piquei na espora o meu tordilho, olhei pra trás por despedida B7 E Chorava irmão, chorava irmã, chorava o pai e mãe querida B7 E Também chorava estrada afora no meu cavalo galopando B7 E Olhava a mata orvalhada, ouvia os pássaros cantando B7 E Pela mocinha que eu amava, eu também ia chorando Int. (F# B7 E) B7 E Eu destinei correr a mundo, fazem dez anos e não voltei B7 E Duzentas léguas está distante, quem me amava eu lá deixei B7 E Não fui feliz nesta jornada, por isso não voltei pra trás B7 E Mas no momento em que melhore, eu vou rever meus velhos pais B7 E Quero abraçar os meus irmãos e de lá não sair jamais
F C7 F Os irmãos devem estar casados e os meus pais envelhecidos C7 F Por não saber notícias minhas, pensam que eu tenha morrido C7 F E a mocinha que ainda amo se ela casou felicidades C7 F Se não casou ainda me espera, vamos unir pra eternidade C7 F Juntinho dela e meus parentes, morre pra sempre a saudade
fim: D7 G C F D7 G C F
Lindo rancho
Lindo rancho - Teixeirinha
Tom: A Intro: D A E7 A
E7 Eu tenho um lindo rancho na minha fazendola A As horas que me folga eu toco na viola E7 Feliz por toda a vida serei de Deus quiser A Quem cuida do meu rancho é um sonho de mulher
D A Eu saio a cavalgar em busca da boiada E7 A Andando pelo campo eu canto uma toada D A O meu cavalo branco galopa sem parar E7 A Os meus peões entoam meu jeito de cantar
D A (Io lerô leri, io lerô lará E7 A Io Lerô leri, lari, lari rurá)
E7 Não troco meu viver por luxo da cidade A Aquele corre-corre não é felicidade 7 Aqui dá a laranja, banana, dá maçã A O gado dá a carne, a ovelha dá a lã
D A Nas várzeas do meu campo eu crio os animais E7 A No alto da coxilha eu planto os meus trigais D A E quando morre o dia pro rancho estou voltando E7 A Os meus peões entoam pra ela eu vou cantando
D A (Io lerô leri, io lerô lará E7 A Io Lerô leri, lari, lari rurá)
E7 A lua no terreiro sento a beira do rancho A Pra minha doce amada canto que me desmancho E7 Bonita e carinhosa apaga outras que eu tive A Feliz no lindo rancho assim a gente vive
D A Não troco o lindo rancho por nada neste mundo E7 A Aqui a liberdade eu respiro bem profundo D A E quando chove muito eu lido no galpão E7 A Os meus peões entoam comigo esta canção
D A (Io lerô leri, io lerô lará E7 A Io Lerô leri, lari, lari rurá)
Judiaria
Judiaria (guarânia, 1971) - Lupicínio Rodrigues - Intérprete: Teixeirinha
Tom: D
D Em Agora você vai ouvir aquilo que merece A D As coisas ficam muito boas quando a gente esquece Em Mas acontece que eu não esqueci a sua covardia
A sua ingratidão A A judiaria que você um dia D Fez pro coitadinho do meu coração G Essas palavras que eu estou lhe falando D Têm uma verdade pura, nua e crua Em A Eu estou lhe mostrando a porta da rua D Pra que vocês saia sem eu lhe bater G Já chega o tempo que eu fiquei sozinho D Que eu fiquei sofrendo, que eu fiquei chorando Em A Agora quando eu estou melhorando G D Você me aparece pra me aborrecer
Já me cansei
Já me cansei - Teixeirinha
Tom: D Intro: G Em7 A7 D Bm7 F#m7 Em7 A7 G DD Já me cansei A7 De amar quem não mereceJá me cansei D De quem não gosta de mimFui bom demais A7 Pra quem não reconheceUm homem honesto D Não pode viver assimD Quem me encontrar A7 Por aí muito sozinhoNão diga nunca D Que eu devo algum pecadoEu dei as flores A7 Para quem me deu espinhosJurando amor D Me trazia enganadoREFRÃO: G Não Em7 A7 D Não, esperava o fingimento deste alguém Bm7 F#m7 Em7 Mas ela irá passar por aqui também A7 D Pior que eu mentindo que me fez bemEsta mulher A7 Nuca teve coraçãoQuem conhecer dirá D O mesmo que eu acho E7 Ela me deve a maior ingratidãoVai me pagar D Quando deus olhar prá baixoQuando passares A7 Na estrada onde eu passeiVerás meu rastro D Se a chuva não apagouMas vai pisar A7 As mesmas pedras que eu piseiA essa altura D Minha vida já mudouREFRÃO: G Não, Em7 Não me querias A7 D Mas fingia que me amavas Bm7 Por muito tempo F#m7 Em7 Ser amado eu pensava A7 Se fosse franca D Hoje talvés lhe perdoavaQuando as lágrimas A7 Rolarem em tua faceQuando o orgulho D Abandonar o teu peitoSeria bom A7 Que o espelho te mostrasseToda a tristeza D De um grande amor desfeitoPassei por isso A7 Só mais tarde eu entendiNão era amado D Brincavas com meu amorQuando sofreres A7 Tudo aquilo que sofriIrás gemer D Como eu a mesma dorREFRÃO: G Em7 Não, todos vão ver A7 D Tu chorando arrependida Bm7 Por todo mal F#m7 Em7 Que me causaste na vida A7 A essa altura D Já curei minha ferida.G F#m7 Em7 D
Gaúcho de Passo Fundo
Gaúcho de Passo Fundo (xote, 1960) - Teixeirinha
Nosso querido Teixeirinha teve uma infância pobre. Seu pai era carreteiro e faleceu quando tinha seis anos. Aos nove anos, perdeu a mãe, que devido a uma crise epilética, morreu queimada na fogueira de lixo que fazia nos fundos do quintal da casa onde morava.
Menino órfão, passou a trabalhar em granjas na cidade em que nasceu. Depois foi para Porto Alegre, onde vendeu doces, verduras e trabalhou no cais. Muitas vezes, teve que dormir debaixo do viaduto da Avenida Borges de Medeiros, conforme declarou. Aprendeu a tocar violão sozinho, iniciando carreira em circos e emissoras de rádio do interior gaúcho.
Em 1959, gravou seu primeiro disco, onde interpretou o arrasta-pé Briga no batizado e o xote Xote soledade, ambos de sua autoria. O disco não alcançou grande repercussão e ainda gravaria, naquele mesmo ano, mais dois discos. Em 1960, gravou o xote Gaúcho de Passo Fundo e a toada-milonga Coração de luto, ambos de sua autoria.
Título da música: Gaúcho de passo fundo / Gênero musical: Chótis / Intérprete: Teixeirinha / Compositor: Teixeirinha / Acompanhamento: Calçada, Alberto / Gravadora Sertanejo / Número do Álbum 10104 / Data de Lançamento 07/1960 / Lado: lado A / Acervo José Ramos Tinhorão / Rotações Disco 78 rpm:
Tom: D Intro: G D A7 D G D A7 D D G Me perguntaram se eu sou gaúcho, A7 D está na cara, repare o meu jeito A7 Eu sou gaúcho lá de Passo Fundo D e trato todo mundo com muito respeito G D A7 Mas se alguém me pisar no pala meu revolver fala D e o buchincho está feito.
D G Não sou nervoso, nem carrego medo, A7 D eu me criei sem conhecer remédio A7 Eu meto o peito em qualquer fandango, D mas quando me zango até derrubo prédio G D Eu sou gaúcho e se me agride eu tundo, A7 D sou de Passo Fundo do Planalto médio
D G Me perguntaram qual era a razão A7 D de ter orgulho em ser passofundense A7 Eu respondi sou da terra do trigo D tem povo amigo e quando luta vence G D É um pedaço do Rio Grande amado, A7 D orgulha o estado e o povo riograndense
D G Já respondi a pergunta seu moço, A7 D me dá licença vou encilhar o cavalo A7 Brasil a fora atravessei os estados, D troteando apressado vim tirando o talo G D Pra ver as prendas mais lindas do mundo, A7 D chega em Passo Fundo no cantar do galo
Gaúcho amigo
Gaúcho amigo - Teixeirinha
Tom: D Intro: D A D A G F#m Em D
D A7 D Tá garoando lá fora, boleia a perna gaúcho A7 G E chegue cá pro galpão, onde tem chimarrão (Bis) A7 D Não precisa ter luxo A7 Vem me contar da tristeza D que está abatendo no teu coração A7 Eu soube que a china que amavas partiu, G A7 D De ti desistiu, foi pra outro rincão A7 Não liga pra isso, agüenta o repuxo, D tá certo gaúcho a china é potra, A7 Goleia o amargo da cuia prateada, G A7 D isso não é nada tu arruma outra.
(Refrão) (intro) (Refrão)
A7 Senta aqui perto do fogo desata D esta mágoa e conte a história A7 Eu também conto o que passou comigo, G A7 D gaúcho amigo saí com a vitória A7 Não lembro o dia mas foi certa vez, D uma china me fez sair porta a fora A7 Chamei a danada e segurei no braço, G A7 D debulhei no laço e mandei ela embora
(Refrão) (intro) (Refrão)
A7 Não chores não tenha tristeza D enxuga esse pranto que cai do teu rosto A7 Tira da lembrança essa china maleva G A7 D apaga essa treva de mágoa e desgosto A7 Faça o que fiz uma outra arranjei D com esta casei e garanto que presta A7 Mas se me for falsa eu suspendo o pala G A7 D e meto uma bala no meio da testa
(Refrão) D A G F#m Em D
Fim do nosso amor
Fim do nosso amor - Teixeirinha
Tom: Bm Intro: G D A7 D
Bm7 Em7 Passei a noite toda ela em você pensando A7 D Imaginando o seu viver sem meu carinho B7 Em7 Será que outro fará o mesmo que eu fazia A7 D Tirando as pedras que sempre existe no seu caminho
G Vai, vai querida D A liberdade foi você mesma que quis Em7 Tomara Deus que arranje outro melhor que eu A7 D Eu só desejo que você sempre seja feliz
Introdução: G D A7 D
Bm7 Em7 E está noite que eu passei pensando em você A7 D Eu esqueci foi de pensar em mim também B7 Em7 Deixa pra lá, eu penso em mim um outro dia A7 D Fecha uma porta, abre-se outra pra mais alguém
G Vai, vai querida D Siga em frente na nova estrada e não pense em mim Em7 Não vou chorar, vou entender e me conformar A7 D Todo o romance cedo ou mais tarde chega ao seu fim
Introdução: G D A7 D
Bm7 Em7 Não conseguimos nos entender jamais na vida A7 D Pra reviver um grande amor que já viveu B7 Em7 Já não me amas, há muito tempo venho percebendo A7 D E foi por isso que o meu amor também morreu
G Vai, vai querida D Me maltratou, não amo mais, não nos amamos Em7 As pedras rolam , o mundo é grande, pelas estradas A7 D Talvez um dia, pra conversar, nos encontramos
Introdução: G D A7 D
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