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segunda-feira, 29 de maio de 2006

Cafezal em flor

Luiz Carlos Paraná
Regional ou Sertaneja, A música - Cascatinha e Inhana

Cafezal em flor - Luiz Carlos Paraná
Introd A7   D

A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A           G             D
Era florada, lindo véu de branca renda
A7                           D
Se estendeu sobre a fazenda, igual a um manto nupcial
A           G              D
E de mãos dadas fomos juntos pela estrada
A7                     D
Toda branca e pefumada, fina flor do cafezal
A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
A           G            D
Passa-se a noite vem o sol ardente bruto
A7                      D
Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor
A              G             D
Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto
A7                          D
Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor
A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
Introdução

Filho adotivo

Regional ou Sertaneja, A música

Filho adotivo - Artur Moreira e Sebastião F. da Silva
          D         Em             D
Com sacrificio eu criei meus sete filhos
A7 D
Do meu sangue eram seis
Bm Em
E um peguei com quase um mês
B7 Em
Fui viajante, fui roceiro, fui andante
A7
E pra alimentar meus filhos
D
Não comi pra mais de vez
Em D
Sete crianças, sete bocas inocentes
A7 D
Muito pobres mas contentes
Bm Em
Não deixei nada faltar
B7 Em
Foram crescendo, foi ficando mais difícil
A7
Trabalhei de sol a sol
D
Mas eles tinham que estudar
Em D
Meu sofrimento, ah!, meu Deus valeu a pena
A7 D
Quantas lágrimas chorei, mas tudo
Bm Em
Foi com muito amor
Sete diplomas, sendo
B7 Em
Seis muito importantes
A7
Que a custa de uma enxada
D D7
Conseguiram ser doutor
G A7 D
Hoje estou velho, meus cabelos branqueados
Bm G
O meu corpo está surrado
A7 D
Minhas mãos nem mexem mais
G A D
Uso bengala, sei que dou muito trabalho
Bm G
Sei que às vezes atrapalho
A7 D D7 G A7 D Bm G A7 D
Meus filhos até demais
D Em D
Passou o tempo e eu fiquei muito doente
A7 D
Hoje vivo num asilo
Bm Em
E só um filho vem me ver
B7
Esse meu filho, coitadinho
Em
Muito honesto
A7
Vive apenas do trabalho
D
Que arranjou para viver


Mas Deus é grande vai
Em D
Ouvir minhas preces
A7 D
Esse meu filho querido
Bm Em
Vai vencer, eu sei que vai
Faz muito tempo que
B7 Em
Não vejo os outros filhos
A7
Sei que eles estão bem
A/G D/F# D
Não precisam mais do pai
Em D
Um belo dia, me sentindo abandonado
A7 D
Ouvi uma voz bem do meu lado
Bm Em
Pai eu vim pra te buscar
Arrume as malas
B7 Em
Vem comigo pois venci
A7
Comprei casa e tenho esposa
A/G D/F# D
E o seu neto vai chegar
G A7 D
De alegria eu chorei e olhei pro céu
Bm Em A7 D7
Obrigado meu Senhor a recompensa já chegou
G A7 D
Meu Deus proteja os meus seis filhos queridos
Bm Em
Mas meu filho adotivo
A7 D
Que a este velho amparou

Meu cavalo zaino

Raul Torres
Regional ou Sertaneja, A música

Meu cavalo zaino - Raul Torres

A 
Eu tenho um cavalo zaino, 
        E 
que na raia é corredor. 
A 
Ja correu quinze carreiras, 
        E 
todas quinze ele ganhou. 
A 
Eu solto na quadrimeira, 
        D      
meu zaino vem no galope. 
A 
Chega três corpos na frente, 
        D 
nunca precisa chicote. 
 
(refrão) 
A 
Ooooi, 
E 
que cavalo bom. 
A 
Ooooi, 
E 
que cavalo bom. 
 
A 
Eu tenho um cavalo zaino, 
           E    
que na raia é corredor. 
A 
Ja correu quinze carreiras, 
           E   
todas quinze ele ganhou. 
A 
Quiseram comprar meu zaino 
           D 
por trinta notas de cem. 
A 
Não há dinheiro que pague 
           D    
o macho que eu quero bem. 
 
(refrão) 
A 
Eu tenho um cavalo zaino, 
           E 
que na raia é corredor. 
A 
Ja correu quinze carreiras, 
           E 
todas quinze ele ganhou. 
A 
Um dia roubaram meu zaino, 
     D 
fiquei sem meu paranheiro. 
A 
Meu zaino na mão de outro, 
     D 
nunca mais chega primeiro. 

Couro de boi

Regional ou Sertaneja, A música
(intro 2x) C D Bm Em Am D G

(declamado - sobre intro)
Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis.
Diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai.
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
o velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar.
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar.
"Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá".
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:
G D G
Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
G D G
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
C G
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
D G
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir

( C D Bm Em Am D G )

G D G
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
G D G
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
C G
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
D G
Metade daquele couro, chorando ele pediu

( C D Bm Em Am D G )

G D G
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando.
G D G
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando
C G
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando.
D G
Pra quê você quer este couro que seu avô ia levando

( C D Bm Em Am D G )

G D G
Disse o menino ao pai: um dia vou me casar
G D G
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
C G
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
D G
Essa metade do couro vai dar pro senhor levar

Vendi os bois

Regional ou Sertaneja, A música
Int.  C  G7  C  G7

C
Vendi os bois

O filho nosso vai casar
G
É feriado hoje e a roça vai parar
C
Vem cá depois

Preciso mandar ver peru
G
Rosa vai ver se os dois prefere um tatu
C
Hei! Sela meu burro Zé
F
Vai convidar peão
C G
Trás da cidade um pano pra mulher
C
Hei! Rosa olha o peão
F
Põe caldo no feijão
C G
Faz da maneira que o pai dela quer
C
Vendi os bois

O filho agora vai casar
G
Vai ser a melhor festa que eu dei no lugar
C
Vem cá depois

Preciso mandar ver melão
G
Rosa vai ver se o doce é melhor de mamão
C
Hei! Sela meu burro Zé
F
Vai convidar peão
C G
Trás da cidade um pano pra mulher
C
Hei! Rosa vai convidar peão
F
Põe caldo no feijão
C G
Faz da maneira que o pai dela quer

G7 C
Vendi os bois ( 5 x)

Panela velha

Regional ou Sertaneja, A música
Tom: A
Intro: A7 D A E A - 2 X

        A                       E
Tô de namoro com uma moça solteirona,
A
a bonitona quer ser minha patroa, os
E
meus parentes já estão me criticando estão falando
A A7 D
que ela é muito coroa, ela é madura já

tem mais de trinta anos mais para mim o
A
que importa é a pessoa,
A E
não interessa se ela é coroa
A
panela velha é que faz comida boa.

A7 D A E A - 2 X

A E
Menina nova é muito bom mais mete medo não
A
tem segredo e vive falando a toa eu
E
só confio em mulher com mais de trinta,
A A7 D
sendo distinta a gente ela perdoa, para o capricho

pode ser de qualquer raça, ser africana, italiana
A A E
ou alemoa, não interessa se ela é coroa
A
panela velha é que faz comida boa


A7 D A E A - 2 X

A E
A nossa vida começa aos quarenta anos,
A
nasce os planos do futuro da pessoa,
E
quem casa cedo logo fica separado,
A
porque a vida de casado as vezes enjoa,
A7 D
dona de casa
tem que ser mulher madura,
A
porque ao contrário o problema se amontoa,
A E
não interessa se ela é coroa
A
panela velha é que faz comida boa


A7 D A E A - 2 X

A E
Vou me casar para ganhar o seu carinho,
A
viver sozinho a gente desacossoa e o
E
gaúcho sem mulher não vale nada e quenem
A A7 D
peixe viver fora da lagoa, to resolvido vou

contrariar meus parentes
A
aquela gente que vive falando a toa,
A E
não interessa se ela é coroa
A
panela velha é que faz comida boa

Escolta de vagalumes

Regional ou Sertaneja, A música

Escolta de vagalumes - Luiz Carlos Garcia e Zezety
Tom: A
Intro: (A) Bm E7 A D E7 A


   A              E7          F#m A7  
Voltando pra minha terra eu renasci
D A7 D
Nos anos que fiquei distante acho que morri
E7 D A
Morri de saudade dos pais irmãos e companheiros
E7
Ao cair da tarde no velho terreiro
D A
Agente cantava as mais lindas canções
E7 D A
Viola afinada e na voz dueto perfeito
E7
Lá eu não cantava doia meu peito
D E7 A
Na cidade grande só tive ilusões

REFRÃO

       E           E7          F#m
Mas voltei, mas voltei, eu voltei
E7 D A
E ao passar na porteira a mata o perfume
E7
Eu fui escoltado pelos vagalumes
D A
Pois era uma linda noite de luar

       E7                     F#m
Mas chorei, mas chorei, eu chorei
E7 D A
Ao ver meus pais meus irmãos vindo ao meu encontro
E7
A felicidade misturou meu pranto
(D) (E7) A
Com o orvalho da noite deste meu lugar

Introdução: (A)  Bm E7 A A7 D E7 A

   A             E7                F#m   A7
Ganhei dinheiro lá fora mas foi tudo em vão
D A7 D
A natureza é meu mundo, eu sou o sertão
E7 D A
Correr pelos campos floridos feito um menino
E7
Esquecer as magoas e os desatinos
D A
Que a vida lá fora me proporcionou
E7 D A
Ouvir sabiá cantando e a juriti
E7
E a felicidade de um bem-ti-vi
(D) (E7) A
Que parece dizer meu amigo voltou

Mágoa de boiadeiro

Regional ou Sertaneja, A música

Mágoa de boiadeiro - Nonô Basílio e Índio Vago
Introdução: G, A7, D, A7, D

A7 G D
Antigamente nem em sonho existia
A7 D
tantas pontes sobre os rios nem asfalto nas estradas
A7 G D
A gente usava quatro ou cinco sinueiros
A7 D D7
prá trazer o pantaneiro no rodeio da boiada
G D
Mas hoje em dia tudo é muito diferente
Em A7 D D7
com progresso nossa gente nem sequer faz uma idéia
G A7 D
Que entre outros fui peão de boiadeiro
A7 D
por esse chão brasileiro os heróis da epopéia

A7 G D
Tenho saudade de rever nas currutelas as mocinhas
A7 D
nas janelas acenando uma flor
A7 G D
Por tudo isso eu lamento e confesso que
D
a marcha do progresso é a minha grande dor
G D
Cada jamanta que eu vejo carregada
Em A7 D D7
transportando uma boiada me aperta o coração
G A7 D G
E quando eu vejo minha tralha pendurada de tristeza
A7 D
dou risada prá não chorar de paixão


Introdução: G, A7, D, A7, D

A7 G D
O meu cavalo relinchando pasto a fora
A7 D
certamente também chora na mais triste solidão
A7 G D
Meu par de esporas meu chapéu de aba larga
A7 D D7
uma bruaca de carga o meu lenço e o facão
G D
O velho basto o meu laço de mateiro
Em D D7
o polaco e o cargueiro o meu lenço e o gibão
G A7 D
Ainda resta a guaiaca sem dinheiro
A7 D
deste pobre boiadeiro que perdeu a profissão

A7 G D
Não sou poeta, sou apenas um caipira
A7 D
e o tema que me inspira é a fibra de peão
A7 G D
Quase chorando meditando nesta mágoa
A7 D D7
rabisquei estas palavras e saiu esta canção
G D
Canção que fala da saudade das pousadas
Em A7 D D7
que já fiz com a peonada junto ao fogo de um galpão
G A7 D
Saudade louca de ouvir um som manhoso
A7 D
de um berrante preguiçoso nos confins do meu sertão.

Triste berrante

Regional ou Sertaneja, A música

Triste berrante - Adauto Santos
Tom: Dm7
Intro: Dm7 G7 C7M C7M F Bm7(b5) E7 Am A7
    Dm7                G7        C7M
Já vai bem longe este tempo, bem sei
F Bm7(b5) E7 Am A7
Tão longe que até penso que eu sonhei
Dm7 G7 C7M
Que lindo quando a gente ouvia distante
F7M Bm7(b5)
O som daquele triste berrante
E7 Am7 A7
E um boiadeiro a gritar, êia!
Dm7 G7 C7M
E eu ficava ali na beira da estrada
F7M Bm7/(b5) E7 A
Vendo caminhar a boiada até o último boi passar
 Bm7        E7              A
Ali passava boi, passava boiada
F#m7 Bm7
Tinha uma palmeira na beira da estrada
E7 A Dm G C F E7
Onde foi cravado muito coração
Dm7 G7 C7M
Mas sempre foi assim e sempre será
F7M Bm7(b5) E7 Am A7
O novo vem e o velho tem que parar
Dm7 G7 C7M
O progresso cobriu a poeira da estrada
F7M Bm7(b5)
E esse tudo que é o meu nada
E7 Am A7
Eu hoje tenho que acatar e chorar
Dm7 G7 C7M
E mesmo tendo gente e carro passando
F7M Bm7(b5) E7 A
Meus olhos estão enxergando uma boiada passar
Bm7 E7 A
Ali passava boi, passava boiada
F#m7 Bm7
Tinha uma palmeira na beira da estrada
E7 A
Onde foi cravado muito coração

Nosso romance

Regional ou Sertaneja, A música

Nosso romance - Tião Carreiro
  (E)     B7         E    
chora viola apaixonada
B7 A E
que o seu dono tem paixão e também chora

REFRÃO BIS
              B7         A           E
quanta gente por amor está sofrendo
B7 E
iqual a eu suspirando toda hora
A
pra onde foi a mulher que mais eu amo
B7 E
pode estar perto também pode estar distante
      meu deus do céu não existe dor maior
B7 E
do que a distância que separa dois amantes
A E7 E
onde andara a paixão da minha vida
B7 E
será que canta ou será que está chorando
      se nesta hora ela estiver me ouvindo
B7 E
perdão querida se lhe maltrato cantando

(voltar para o refrão)
               A
tenho certeza que ela nunca esquece
B7 E
nunca esquece daquelas horas tão belas
      o nosso mundo pequenino foi tão lindo
B7 E E7
quatro paredes uma porta e uma janela
A E7 A
fomos felizes num pedacinho de mundo
B7 E
só o silêncio estava de setinela
aquele beijo que durou quinze minutos
B7 E
depois meu braço foi o travisseiro dela

Estrela de ouro

Regional ou Sertaneja, A música

Estrela de ouro - Tião Carreiro e Pardinho
Tom: E
Intro: E, B7
     E               B7               E
Meu Deus onde está agora a mulher que amo
E B7
Será que está sozinha ou acompanhada
A E
Só sei que aqui distante eu estou morrendo
B7 E B7
Morrendo de saudade dela num mundo de lágrimas
E B7 E
Meu Deus mande que o vento encontre com ela
E B7
Pra dar minhas tristes notícias com seu açoite
A E
Dizer que por não estar abraçado por ela
B7 E
Eu choro meu pranto escondido no colo da noite
B7 E
Meu Deus eu morro por ela
B7 E
E a ausência dela provoca meu choro
B7 E
Ela é a luz que me ilumina
B7 E
Deusa da minha sina minha estrela de ouro

Empreitada perigosa

Regional ou Sertaneja, A música

Empreitada perigosa - Jacó e Jacozinho
Tom G
Introdução: A7, D7, G

G
Já derrubamos o mato, terminou a derrubada
Agora preste atenção, meus "amigo e camarada
A7
Não posso levar "voceis" pra minha nova empreitada
D7 G
Vou pagar tudo que devo e sair de madrugada
Introdução
G
A minha nova empreitada não tem mato e nem espinho
Ferramentas não preciso guarde tudo num cantinho
A7
Preciso de um cavalo, bem ligeiro e bem mansinho
D7 G
Preciso de muitas balas e um "colte" cavalinho
Introdução:
G
Eu nada tenho a perder, pra minha vida eu não ligo
Mesmo assim eu peço a Deus que me livre do inimigo
A7
A empreitada é perigosa sei que vou correr perigo
D7 G
É por isso que eu não quero nem um de "voceis" comigo
Introdução:
G
Eu vou roubar uma moça de um ninho de serpentes
Elas quer casar comigo a família não consente
A7
Já me mandaram um recado "tão" armado até os dentes
D7 G
Vai chover bala no mundo se "nóis" topar frente a frente
Introdução:
G
Adeus, adeus preto velho, Zé Maria e Serafim
Adeus, adeus Paraíba, Mineirinho e "Seu" Joaquim
A7
Se eu não voltar amanhã, pode até rezar pra mim
D7 G A7 D7 G
Mas se tudo der certinho a menina tem que vim

Sereno

Regional ou Sertaneja, A música

Sereno - Domínio público
Tom: A

A E A
Sereno eu caio, eu caio, Sereno deixa cair.
E A E A
Sereno da madrugada não deixou meu bem dormir


E A
Minha vida ai, ai, ai / é um barquinho ai, ai, ai...
E A
Navegando sem leme e sem luz
E A
Quem me dera, ai, ai, ai / Se eu tivesse, ai, ai, ai...
E A
O farol de seus olhos azuis

Sereno...
E A
Vivo triste, ai, ai, ai / Soluçando, ai, ai, ai...
E A
Recordando o amor que perdi
E A
E o sereno ai, ai, ai / É o pranto ai, ai, ai...
E A
Dos meus olhos que choram por ti

Sereno...

Cortando o estradão

Regional ou Sertaneja, A música

Cortando o estradão - Tonico e Tinoco
Tom:D
    D        A                   D
Montado a cavalo, cortando estradão
A D
Assim é a vida, que leva o peão
G
Não tenho morada, não tenho rincão
A D
Eu não tenho dona do meu coração
D A D
Montar touro bravo, é a minha paixão
A D
Não encontro macho que jogue eu no chão
G
Pra jogar o laço também sou dos bom
A D
Em qualquer rodeio eu sou campeão
REFRÃO
G D
Ah, como é bom viver
A D
Sozinho no mundo sem nada a pensar
G D
%Se o sol vem saindo eu já vou partindo
A D
E quando anoitece estou noutro lugar%
D A D1
Se olho no bolso, me falta dinheiro
A D
Amanso três touros por trinta cruzeiros
G
Se pego transporte de uma boiada
A D
Já sou convidado pra ser boiadeiro
D A D
Por toda a cidade por onde eu passei
A D
Uma moreninha eu sempre deixei
G
Mas sou camarada pois sempre avisei
A D
Não goste de mim porque eu jamais gostei

Coração de violeiro

Regional ou Sertaneja, A música

Coração de violeiro - Tonico e Tinoco
Tom: D

(D) (A7) (D) (D) (A) (D)
Naquela tapera véia, que o tempo já destroçô
G D
Morou Zé Dunga um pretinho, valente trabaiadô
A D
Foi o maior violeiro, que Deus no mundo botô
E A E7 A7 D (G) (D) (A7)
Sua viola parecia, um passarinho cantadô
(D) (A7) (D) (D) (A7) (D)
Trabaiava o dia inteiro, feliz sem se lastimá
G D F
Mas quando a lua formosa, no céu pegava a briá
Em A7 Em A7 D
Toda gente arrodiava, pra vê o preto cantá
(E7) (A) E7 A7 D (G) (D) (A7)
Sua viola de pinho, fazia as pedra chorá
(D) (A7) (D) (D) (A7) (D)
Acontece que a Carolina, cabocla esprito de cão
G D F
Bonita como a sereia, mais que muié tentação
Em A7 Em A7 D
Pra judiá do pretinho, fingiu lhe ter afeição
(E7) (A) E7 A7 D (G) (D) (A7)
Querendo que nem criança, brincá com seu coração
(D) (A7) (D) (D) (A7) (D)
Coração de violeiro, não é como outro qualquer
G D F
É frágil que nem as pétalas, do mimoso mal-me-quer
Em A7 Em A7 D
Que cai com o vento das asas, do beija flor do tié
(E7) (A) E7 A7 D (G)(D)(A7)
Perde a vida quando a abelha, vem pra lhe roubar o mé
(D) (A7) (D) (D) (A7) (D)
Por isso o pobre Zé Dunga, magoado pela traição
G D F
Não podendo mais guentá, no peito a grande paixão
Em A7 Em A7 D
Agarrado na viola e debruçado no chão
(E7) (A) E7 A7 D
Foi encontrado com um punhal, cravado no coração

Boiadeiro errante

Regional ou Sertaneja, A música

Boiadeiro errante - Teddy Vieira
Tom: G

G            D7           G
eu venho vindo de uma querência distante
D7 G D7
sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
C D7
o meu cavalo corre mais que o pensamento
C D7 G
ele vem no passo lento porque ninguém me espera
D7 G
tocando a boiada auê-uê-uê-ê boi eu vou cortando estrada uê boi
D7 G
tocando a boiada auê-uê-uê-ê boi eu vou cortando estrada
D7 G
toque o berrante com capricho Zé Vicente
D7 G D7
mostre para essa gente o clarim das alterosas
C D7
pegue no laço não se entregue companheiro
C D7 G
chame o cachorro campeiro que essa rez é perigosa
D7 G
olhe na janela auê uê uê ê boi que linda donzela uê boi
D7 G
olhe na janela auê uê uê ê boi que linda donzela
D7 G
sou boiadeiro minha gente o que é que há
D7 G D7
deixe o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
C D7
lá na baixada quero ouvir a siriema
C D7 G
prá lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas
D7 G
ela é culpada auê uê uê ê boi de eu viver nas estradas uê boi
D7 G
ela é culpada auê uê uê ê boi de eu viver nas estradas
D7 G
o rio tá calmo e a boiada vai nadando
D7 G D7
veja aquele boi berrando Chico Bento corre lá
C D7
lace o mestiço salve êle das piranhas
C D7 G
tire o gado da campana pra’ viagem continuar
D7 G
com destino a Goiás auê uê uê ê boi deixei Minas Gerais uê boi
D7 G
com destino a Goiás auê uê uê ê boi deixei Minas Gerais uê boi

Cuitelinho

Regional ou Sertaneja, A música

Cuitelinho - Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó
A
Cheguei na beira do porto
E
Onde as ondas se espáia
A
As garça dá meia volta
E
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
A A E D E A
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
A
Aí quando eu vim de minha terra
E
Despedi da parentaia
A
Eu entrei no Mato Grosso
E
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
A A E D E A
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A
(*)A tua saudade corta
E
Como aço de navaia
A
O coração fica aflito
E
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d`água
A A E D E A (bis) (*)
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai

Vaca Estrela e Boi Fubá

Regional ou Sertaneja, A música

Vaca Estrela e Boi Fubá - Patativa do Assaré
Tom: D

D A7
Seu dotô me dê licença
D
Pra minha história eu contá
A7
Se hoje eu estou com terra estranha
D
E é bem triste o meu pená
A7
Mas eu já fui muito feliz
D
Vevendo no meu lugá
A7
Eu tinha cavalo bão
D G
Gostava tanto de campiá e todo dia aboiava
A7 D
Na portera do currá
A7 D
Eh eh há
G D
Eh eh eh eh Vaca Estrela
A7 D A7 D
Oh, oh, oh, oh, Boi Fubá
A7
Eu sou fio do Nordeste
D
Não nego meu naturá
A7
Mas uma sexa medonha
D
Me tangeu de lá pra cá
A7
Lá eu tinha meu gadinho
D
Não é bom nem maginá
A7
Minha bela vaca Estrela
D
E o meu lindo boi Fubá
G
Quando era de tardinha
D
Eu começava aboiá
A7 D
Eh eh há
G D
Eh eh eh eh Vaca Estrela
A7 D A7 D
Oh oh oh oh Boi Fubá
A7
Aquela seca medonha
D
Fez tudu se trapaiá
A7
Não nasceu capim no campo
D
Para o gado sustentá
A7
O sertão esturricou
D
Fez o açude secá
A7
Morreu minha vaca Estrela
D
Se acabou meu boi Fubá
G
Perdi tudo quanto eu tinha
A7 D
Nunca mais pude aboiá
D A7
E hoje nas terras do sul
D
Longe do torrão natá
A7
Quando vejo em minha frente
D
Uma boiada passá
A7
As águas corre dos óio
D
Começo logo a chorá
A7
Me lembro da vaca Estrela
D
Me lembro do boi Fubá
G
Com sodade do Nordeste
A7 D
Dá vontade de aboiá
A7 D
Eh eh há
G D
Eh eh eh eh Vaca Estrela
A7 D A7 D
Oh oh oh oh Boi Fubá

A dama de vermelho

Regional ou Sertaneja, A música

Dama de vermelho - Ado Benatti e Teca Mineiro
Tom: F
Intro: F,C,C7,F,C,C7,F,C,F
F                    C
Garçom, olhe pelo espelho
Bb C
A dama de vermelho, que vai se levantar
Bb
Note, que até a orquestra
C F
Fica toda em festa, quando ela sai para dançar
F C
Essa dama, já me pertenceu
Bb F C F
E o culpado fui eu, da separação
Bb F
Hoje, choro de ciúme
C F
Ciúme até do perfume, que ela deixa no salão
F C F
Garçom amigo, apague a luz da minha mesa
F C C7 F
Eu não quero que ela note, em mim tanta tristeza
F C C7 F
Traga mais uma garrafa, hoje vou embriagar-me
F C C7 F C F
Quero dormir para não ver, outro homem te abraçar.

Boate azul

Regional ou Sertaneja, A música
Am                                           G
doente de amor, procurei remedio na vida noturna.
F
Com a flor da noite, em uma boate aqui na zona
E
sul.
Dm Am
A dor do amor e com outro amor que a gente cura,
E Am A7
vim curar a dor desse mal de amor na boate azul.
Dm
E quando a noite vai se agonizando no clarao da
Am
aurora
E Am A7
Os integrantes da vida noturna se foram dormir,
Dm
e a dama da noite que estava comigo tambem foi
Am
embora
F E
Fecharam-se as portas, sozinho de novo tive que
A
sair


              E                    D
Sair de que jeito, se nem sei um rumo para onde
A
vou
E D
Muito vagamente me lemnro que estou em uma boate
A
aqui na zona sul
E D A
Eu bebi demais, e nao consigo me lembrar se quer
E D
Qual era o nome daquela mulher, a flor da noite
E A
na boate azul

Fio de cabelo

As melodias dolentes do paraguaio Assunción Flores, o sistematizador da guarânia, começaram a se entrelaçar com as nossas modas de viola, em torno de 1940, por iniciativa de Raul Torres, líder do trio Torres, Florêncio e Rieli. Vieram então “India” (Flores e Guerrero), “Lejania/ Meu Primeiro Amor” (Gimenez) e outras versões que se incorporaram ao vocabulário musical brasileiro, daí nascendo as guarânias nacionais das quais “Fio de Cabelo” representa um prolongamento, importante para a fixação da música sertaneja nos grandes centros.

Com mais bagagem do que o trio Os Gladiadores (de “Fuscão Preto”), a dupla de irmãos paranaenses José e Durval Lima, de nome artístico Chitãozinho e Xororó (título de uma antiga toada de Serrinha e Athos Campos), gravou esta guarânia no elepê Somos apaixonados: “Um pedacinho dela que existe / um fio de cabelo no meu paletó / lembrei de tudo entre nós / do amor vivido / aquele fio de cabelo comprido / já esteve grudado em nosso suor...”

Eles iniciavam assim a escalada para o sucesso maior, que os levou a alcançar a tiragem de dois milhões de cópias. Ao mesmo tempo Chitãozinho e Xororó estilizavam o gênero sertanejo e abriam caminho para o surgimento e popularização de novas duplas. O fio de cabelo da mulher amada, vestígio de uma noite de amor e ponto de partida da composição remeteria a um certo grau de sensualidade, tendência largamente explorada pelos seguidores do gênero nos anos posteriores (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Fio de cabelo (1983) - Chitãozinho e Chororó
Tom: E
Intro: B7 E B7 E

                    E
Quando a gente ama
B7 E
Qualquer coisa serve para relembrar
E7
Um vestido velho da mulher amada
Am
Tem muito valor
B7 E
Aquele restinho do perfume dela que ficou no frasco
Sobre a penteadeira
B7
mostrando que o quarto
E
Já foi o cenário de um grande amor
B7 E
E hoje o que encontrei me deixou mais triste
B7
Um pedacinho dela que existe
A E
Um fio de cabelo no meu paletó
B7 E
Lembrei de tudo entre nosso amor vivido
B7
Aquele fio de cabelo comprido
A B7 E
Já esteve grudado em nosso suor


     SOLO: B7 E B7 E
E
Quando a gente ama
B7 E
E não vive junto da mulher amada
Qualquer coisa à toa
E7 Am
É um bom motivo pra gente chorar
B7
Apagam-se as luzes ao chegar a hora
E
De ir para a cama
B7
A gente começa a esperar por quem ama
E
Na impressão de que ela venha se deitar
B7 E
E hoje o que encontrei me deixou mais triste
B7
Um pedacinho dela que existe
A E
Um fio de cabelo no meu paletó
B7 E
Lembrei de tudo entre nosso amor vivido
B7
Aquele fio de cabelo comprido
A B7 E
Já esteve grudado em nosso suor

Moda da pinga

Regional ou Sertaneja, A música

Marvada pinga (Moda da pinga) - Ochelsis Laureano e Raul Torres
G
Com a marvada pinga
D7
É que eu me atrapaio
G
Eu pego no copo e já dou meu taio
C
Eu chego na venda e dali não saio
Ali memo eu bebo
D7
Ali memo eu caio
G
Só pra carregar nunca dei trabaio
Oi lá
G
Sempre bebo a pinga
D7
Porque gosto dela
Bebo da branquinha,
G
Bebo da amarela
C
Eu bebo no copo, bebo na tigela
D7
Bebo temperada com cravo e canela
Seja em qualquer tempo vai
G
Pinga na goela
Oi lá
G
Venho da cidade
D7
Já venho cantando
Trago um garrafão
G
Que venho chupando
Venho pro caminho,
C
Venho trupicando
Chutando o barranco
D7
Venho cambetiando
No lugar que eu caio
G
Já fico roncando
Oi lá
G
Não largo da pinga
D7
Nem que eu pito
G
Que é de inclinação eu acho bonito
C
O cheiro da pinga fico meio afrito
D7
Bebo uma garrafa e já quero um litro
G
Já fico babando crio dois espírito
Oi lá
G D7
Pinga temperada eu não modifico
Quem manda no bule
G
Eu chupo no bico

Vou rolar na pueira
C
Que nem tico-tico
D7
Vou de quatro pé destripando o bico
Junta a mosquiteira
G
Mas eu não imprico
Oi lá
G
A muié me disse
D7
Ela me falou
Largue dessa pinga
G
Peço por favor
Prosa de muié
C
Nunca dei valor
Bebo no sol quente
D7
Pra esfriar o calor
G
E bebo de noite pra fazer suador
Oi lá
G
A muié me disse
D7
Largue de beber
Pois eu com essa pinga
G
Hei de combatê
Você fique quieto largue
C
De tremer
Depois que se embriaga
D7
Não levanto ocê
Vô deixá da pinga
G
Só quando eu morre

Casinha branca (R. Teixeira)

Regional ou Sertaneja, A música

Casinha branca - Renato Teixeira
Tom: Am

Am
Fiz uma casinha branca
A7
Lá no pé da serra
E7
Pra nós dois morar
Fica perto da barranca
Am
Do Rio Paraná
A paisagem é uma beleza
A7
Eu tenho certeza
Dm
Você vai gostar
Fiz uma capela
Am E7
Bem do lado da janela
A
Pra nós dois rezar
Quando for dia de festa
E
Você veste o seu vestido de algodão
Quebro meu chapéu na testa
A
Para arrematar as coisas do leilão
A7 D
Satisfeito eu vou levar
C#7
Você de braço dado
F#
Atrás da procissão
D A
Vou com meu terno riscado
F#7 B7 E7 A
Uma flor do lado e meu chapéu na mão

Tema novo

João Pacífico
Regional ou Sertaneja, A música

Tema novo - João Pacífico

Quis fazer um tema novo
E pensei bastante
Antes de escrever
Eu não quis falar de amor
Nem saudade, dor
E nada de sofrer
Em lugar de nostalgia
Quis dar alegria
Ao meu coração
Comecei tudo sorrindo
E que tema lindo
Para uma canção
Mas nesta segunda parte
Talvez por pura emoção
Fiz um acorde muito triste
Sem querer no violão
Transformou todo o meu tema
Acabei magoando meu coração
Ele é muito delicado
Em histórias de amor
Por incrível que pareça
Eu não pude mais
Eu não queria assim
Eu queria paz
Vejam só que ironia
Que amargura de um compositor
Tive que gravar chorando
E o tema terminei na dor

Tapera caída

João Pacífico
Regional ou Sertaneja, A música

Tapera caída - João Pacífico

Cabocla, se ocê soubesse
Quanto meu peito padece
Sofrendo tanta maldade
Vancê, eu sei, num se ria,
Mostrando tanta alegria,
Vendo eu chorar de sodade.
Essa sodade marvada,
Que fez no peito morada,
Depois que ocê me deixou,
Como tapera caída
Que foi p'os mato invadida
Depois que os dono mudou.
Vancê num sente saudade,
Ri de felicidade,
Tem outro amor,
Tem prazer.
Mas vancê, eu sei,
De contente,
Tem inveja dessa gente
Que não sabe o que é sofrer.
Cabocla se ocê soubesse
Quanto meu peito padece,
O que já passei na vida,
Vancê roçava esse mato
Que invadiu só de ingrato
Essa tapera caída.
Mas eu comparo a saudade
Com essa grama tiririca,
As foia verde se arranca,
Mas a raiz sempre fica.
E o coração é morada,
Sem morador não tem vida.
Vorte a reconstruir
Esta tapera caída

Ranchinho abandonado

Raul Torres
Regional ou Sertaneja, A música

Ranchinho abandonado - Raul Torres e João Pacífico

Você deixou o nosso ranchinho abandonado
Vive tão triste o coitado
Que dá pena até de ver.
Quando anoitece,
Bate a lua no caminho,
E eu lá dentro tão sozinho
Fico pensando em você
Pego a viola pra esquecer a minha mágoa
E os meus olhos rasos d'água
Que não cansam de chorar.
Eu vou cantando o soluço e a saudade,
Porque a felicidade
Hoje eu não posso cantar
E o ranchinho continua aqui tristonho,
Acabou-se o antigo sonho,
Veio a tristeza morar.
Em seu lugar só restou essa viola
Que a minha dor consola
Quando, às vezes, me vê chorar.
Pego a viola pra esquecer a minha mágoa,
E o s meus olhos rasos d'água
Que não cansam de chorar.
Eu vou cantando o soluço e a saudade,
Porque a felicidade
Hoje eu não posso cantar.

Pingo d'água

Raul Torres
Regional ou Sertaneja, A música

Pingo d'água - João Pacífico e Raul Torres

Tom: G
(intro) ( G D7 G C D7 G )

D7                           G
Eu fiz promessa pra que deus mandasse chuva
D7                 G
Pra cresce a minha roça e vingá as criação
D7                 G
Pois veio a seca e matô meu cafesá
D7                G   ( G D7 G C D7 G )
Matô tudo meu arroz e seco tudo algodão

D                    G
Nessa coieita meu carro ficô parado
D7                     G
Minha boiada carreira quasi morre sem pastá
D7                           G
Eu fiz promessa que o primeiro pingo d'água
D                        G ( G D7 G C D7 G )
Eu moiava as frô da Santa que tava em frente do altá.

D7                         G
Eu esperei uma semana, um mês inteiro.
D7                    G
A roça tava são seca, dava pena até de vê
D7                      G
Oiava o céu, cada nuvem que passava.
D7                              G ( G D7 G C D7 G )
Eu da santa me lembrava, pra promessa não esquecê

D7                 G
Em pouco tempo a roça ficou viçosa
D7                      G
As criação já pastava, floresceu meu cafesá
D7                           G
Fui na capela e levei treis "PINGO D'ÁGUA"
D7
Um foi o pingo da chuva...
G
Dois caiu do meu oiá...

Colcha de retalhos

Colcha de retalhos - Raul Torres

Tom: E

E
Aquela colcha de retalhos que tu fizeste
                                   B7
Juntando pedaço em pedaço foi costurada
Serviu para nosso abrigo em nossa pobreza
   E               B7                   E    E7
Aquela colcha de retalhos está bem guardada
  A
Agora na vida rica que estas vivendo
                               E
Terás como agasalho colcha de cetim
                                        B7
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
                                         E    B7
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim
    E
Eu sei que hoje não te lembras dos dias amargos
                                     B7
Que junto de mim fizeste um lindo trabalho
E nessa sua vida elegre tens o que queres
    E                  B7                  E     E7
Eu sei que esqueceste agora a colcha de retalhos
  A
Agora na vida rica que estas vivendo
                               E
Terás como agasalho colcha de cetim
                                        B7
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
                                         E  B7  E
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim

Cabocla Tereza

Regional ou Sertaneja, A música

Cabocla Tereza - João Pacífico e Raul Torres

Tom: A-D
Introd.:(E E/G# A A/C# E D C#m Bm A)

(E E/G# A A/C# E D C#m Bm A)-Solo

Lá no alto da montanha
Numa casa bem estranha
Toda feita de sapé
Parei uma noite o cavalo
Por causa de dois estalos
Que ouvi lá dentro bater
Appei com muito jeito
Ouvi um gemido perfeito
Uma voz cheia de dor:

"Você, Tereza, descansa
jurei de fazer vingança
por causa do meu amor."
Pela fresta da janela
Por uma luizinha amarela
De um lampião quase apagando
Vi uma cabocla no chão
E um cabra tinha na mão
Uma arma alumiando
Virei meu cavalo a galope
Risquei de espora e chicote
Sangrei a anca do tal
Desci a montanha abaixo
E galopando aquele macho
O seu doutor fui chamar
Voltemos lá pra montanha
Naquela casinha estranha
Eu e mais seu doutor
Topei um cabra assustado
Que chamando nós prum lado
A sua história contou":


A D/A A D/A

A        D         A
Há tempo eu fiz um ranchinho
E7
Pra minha cabocla morar
D        E7
Pois era ali nosso ninho
D     E7      A
Bem longe deste lugar
D        A
No alto lá da montanha
E7
Perto da luz do luar
D      E7
Vivi um ano feliz
D    E7        A
Sem nunca isso esperar

Solo: G/B A/C# D G/D D G/D

D          G       D
E muito tempo passou
A7
Pensando em ser tão feliz
G        A7
Mas a Tereza, doutor
G   A7       D
Felicidade não quis
G       D
Pus meu sonho neste olhar
A7
Paguei caro o meu amor
G        A7
Por causa de outro caboclo
G         A7     D
Meu rancho ela abandonou

Solo: D A E7 A D/A A D/A

A      D         A
Senti meu sangue ferver
E7
Jurei a Tereza matar
D        E7
O meu alazão arriei
D       E7       A
E ela eu fui procurar
D        A
Agora já me vinguei
E7
É esse o fim deste amor
D         E7
Essa cabocla eu matei
D         E7       A
É a minha história, doutor

Mourão de porteira

Regional ou Sertaneja, A música

Mourão de porteira - Raul Torres e João Pacífico

Lá no mourão esquerdo da porteira
Onde encontrei vancê pra despedir
Tem uma lembrança minha, derradeira
É um versinho que eu lhe escrevi
Vancê, eu sei, passa esbarrando nele
E a porteira bate pra avisar
Vancê não sabe que sinal é aquele
E nem sequer se alembra de olhar
E aqui tão longe eu pego na viola
Aquele verso começo a cantar
Uma saudade é dor que não consola
Quanto mais dói
A gente quer lembrar
No dia que doer seu coração
E uma sodade que eu tanto senti
Vancê, chorando, passa no mourão
E lê o verso que eu nele escrevi

História de um prego

Regional ou Sertaneja, A música

História de um prego - João Pacífico

Meu filho, corre
Vem sentar aqui comigo
Sou teu pai
Sou teu amigo
Eu quero te aconselhar
Vê na parede aquele prego, ali pregado
Ele sabe meu passado
Mas eu quero é te contar
Naquele prego eu já pendurei meu laço
O arreio do Picasso
Cavalo de estimação
E um par de esporas
Que custou muito dinheiro
E o chapéu de boiadeiro
Que eu lidava no sertão
Naquele prego pendurei muito cansaço
Muito suor do mormaço
E poeira do estradão
E quantas vezes minha mágoa
Eu pendurei
Sentimentos eu guardei
Pra não magoar teu coração
De agora em diante
Eu vou tirar dele meu laço
O arreio do Picasso
E as esporas eu vou guardar
Naquele prego pendure uma sacola
Cheia de livro da escola
E vontade de estudar
Quando amanhã você estiver aqui sentado
Lembrando o nosso passado
Olhando o prego pioneiro
Eu quero que seja um doutor bem afamado
Mas diga em alto brado
Sou filho de um boiadeiro

Goteira

Regional ou Sertaneja, A música

Goteira - João Pacífico

Aquela noite chovia
Que Deus dava
Aquela chuva que varou a noite inteira
No meu telhado
Uma telha se quebrava
Pra eu ouvir a sinfonia da goteira
Em uma lata deitada numa escadinha
Tão esquecida lá no canto onde eu dormia.
Talvez a chuva
Vendo a pobre tão sozinha
Veio alegrar
Cantando aquela melodia
Veja, seu moço,
E eu também passei por isso
Fiquei igual
Àquela lata esquecida
Com a tristeza
Assumi um compromisso
Depois senti que a solidão
Não era vida
Aí então
Pedi a Deus
Que me ajudasse
E que voltasse
A minha doce companheira
Que no meu rancho
Outra telha se quebrasse
Eu tive inveja do carinho da goteira

Gostinho de saudade

Regional ou Sertaneja, A música

Gostinho de saudade - Piraci e João Pacífico

Me dá licença
Estou chegando lá do mato
Moro longe desse asfalto
Atrás da serra é o meu rincão
Lá onde eu moro não existe luz na rua
Moro onde nasce a lua
Que tem nome de serão
E não reparem na minha simplicidade
A grande felicidade
Foi nascer neste lugar
Eu sou herança
Deu um São Paulo ainda menino
Que tem o café mais fino
Do mais rico paladar
Ainda conservo o mesmo rancho
E a moeda
E aquela linda fazenda
Desde que ela se formou
O cafezal
Que acompanha esta riqueza
Guardo bem esta grandeza
Que meu velho pai deixou
Deixou pra mim
Aquela terra abençoada
Toda verdinha plantada
Verdadeira raridade
E um torrador
E seu antigo moinho
Eis porque meu cafezinho
Tem gostinho de saudade

Alpendre da saudade

Regional ou Sertaneja, A música

Alpendre da saudade - João Pacífico e Edmundo Souto

Às vezes fico / No alpendre da fazenda
Contemplando a vivenda / Onde eu era tão feliz
E bem na frente / Um barranco
Ao pé da estrada / Foi passagem de boiada
Tão pisado, / O chão me diz:
Por quê? / Por que você mudou?
Por que se afastou de mim?
Eu sou apenas / Uma estrada
Não sou mais pisada / E tão abandonada, enfim
Eu sou apenas / Uma estrada
Não sou mais pisada / E tão abandonada, enfim

De que me adianta / Esse alpendre da fazenda
Que eu troquei pela vivenda / Por ser tão cheia de pó
Mas era um pó / Cheio de felicidade
Hoje é pó da saudade / Aqui eu chorando / Aqui tão só
Eu sei, eu sei qual a razão / Pois o meu coração me diz

Mas quando eu pego na viola / Ela me consola
Ela é que me faz feliz
Mas quando eu pego na viola / Ela me consola
Ela é que me faz feliz

Chico Mulato

Raul Torres
Chico Mulato - João Pacífico e Raul Torres
Tom: C
Declamado: 
 
Na volta daquela estrada 
Bem em frente uma encruzilhada 
Todo ano a gente via 
Lá no meio do terreiro 
A imagem do padroeiro 
São João da Freguesia 
 
Do lado tinha a fogueira 
Em redor a noite inteira 
Tinha caboclo violeiro 
E uma tal de Terezinha 
Cabocla bem bonitinha 
Sambava nesse terreiro 
 
Era noite de São João 
Estava tudo no serão 
Estava Romão, o cantador 
Quando foi de madrugada 
Saiu com Tereza pra estrada 
Talvez, confessar seu amor 
 
Chico Mulato era o festeiro 
Caboclo bom, violeiro 
Sentiu frio seu coração 
Rancou da cinta o punhal 
E foi os dois encontrar 
Era o rival, seu irmão 
 
Hoje na volta da estrada 
Em0 frente àquela encruzilhada 
Ficou tão triste o sertão 
Por causa de Terezinha 
Essa tal de caboclinha 
Nunca mais teve São João  

C        G7          G#º        C/G
21 10 15 13 11 23 20 30 43 40 41 42 
     A/G Dm                    F  G  C 
21 10 15 13 11 10 13 11 23 20 32 20 21 
         G7 
10 11 12 13 
42 40 41 42
 
   C                   Dm 
Tapera de beira da estrada 
     G7              C 
Que vive assim descoberta 
     F                   G7 
Por dentro não tem mais nada 
            G/F   C      G7 
Por isso ficou deserta 
   C            Dm 
Morava Chico Mulato 
   G7            C 
O maió dos cantadô 
      F                 G7 
Mas quando Chico foi embora 
         G/F        C 
Na vila ninguém sambou 
   F            G7 
Morava Chico Mulato 
        G/F      C    G7 
O maió dos cantadô. 
 
   C               Dm 
A causa dessa tristeza 
   G7             C 
Sabida em todo lugar 
 F               G7 
Foi a cabocla Tereza 
            G/F      C    G7 
Com outro ela foi morar 
      C           Dm 
E o Chico acabrunhado 
    G7            C 
Largou até de cantar 
   F              G7 
Vivia triste e calado 
          G/F     C 
Querendo só se matar 
      F           G7 
E o Chico acabrunhado 
         G/F      C     G7 
Largou até de cantar. 
 
  C               Dm 
Emagrecendo o coitado 
    G7              C 
Foi indo até se acabar 
    F                G7 
Chorando tanto a saudade 
              G/F         C    G7 
De quem não quis mais voltar 
   C             Dm 
E todo mundo chorava 
   G7            C 
A morte do cantador 
     F 
Não tem batuque, 
     G7 
Nem samba 
         G/F      C 
Sertão inteiro chorou 
    F            G7 
E todo mundo cantava 
         G/F     C 
A morte do cantador. 

Meu primeiro amor (Lejania)

Cascatinha e Inhana
Regional ou Sertaneja, A música - Cascatinha e Inhana

Meu primeiro amor (Lejania) - Herminio Gimenez - Versão de José Fortuna e Pinheirinho Júnior

Tom: C 
  
Am
Saudade palavra triste
                           E7
Quando se perde um grande amor

Na estrada longa da vida
                        Am
Eu vou chorando a minha dor

Igual a uma borboleta
                            E7
Vagando triste por sobre a flor
   Dm
Seu nome sempre em meus labios
    F7                    E7
Irei chamando por onde eu for
 A7
Você nem se quer se lembra
                           Dm
De ouvir a voz desse sofredor
                         Am
Que implora por seus carinhos
          E7             A
Só um pouquinho do seu amor
              A
Meu primeiro amor

Tão cedo acabou
                           E7
Só a dor deixou nesse peito meu
               Bm
Meu primeiro amor
               E7
Foi como uma flor

Que desabrochou
         A
E logo morreu

Nessa solidao sem ter alegria
           A7                  D
O que me alivia são meus tristes

São prantos de dor
              A
Que dos olhos cai
              Bm
É porque bem sei
               E7
Quem eu tanto amei
            A
Não verei jamais.

Um violeiro toca

Regional ou Sertaneja, A música

Um violeiro toca - Almir Sater e Renato Teixeira
A               
Quando uma estrela cai
A7+ D/E
Na escuridão da noite
D
E um violeiro toca suas mágoas
E
Então os olhos dos bichos

Vão ficando iluminados
D
Rebrilham neles estrelas
E D
De um sertão enluarado
A
Quando o amor termina
A7+ D/E
Perdido numa esquina
D
E um violeiro toca sua sina
E
Então os olhos dos bichos

Vão ficando entristecidos
D
Rebrilham neles lembranças
E D
Dos amores esquecidos
A
Quando um amor começa
A7+ D/E
Nossa alegria chama
D
E um violeiro toca em nossa cama
E
Então os olhos dos bichos

São os olhos de quem ama

Pois a natureza é isso
E D
Sem medo, nem dó, nem drama
A A7+
Tudo é sertão, tudo é paixão
E
Se um violeiro toca
Bm D
A viola, o violeiro e o amor
A
Se tocam

Varandas

Regional ou Sertaneja, A música

Varandas - Almir Sater
A  E    C#°      F#m
A noite é um mistério
E D A
Que eu finjo compreender
E C#° F#m D
Sentado nas varandas
A B7 E
Esperando o amanhecer
A E C#° F#m
Estrelas lá no céu
E D A
Fogueiras no sertão
E C#° F#m D
E as luzes da cidade
A B7 E
Não espantam a solidão
C F C
Dona lua já se foi
F A# C
Polvilhar outro rincão
Am Am7 Dm
Com o trigo da saudade
B E7
Que é a mana do meu pão
A E C#° F#m
A noite é um caso sério
E D A
Que eu não vou resolver
E C#° F#m D
Enquanto dormir longe
A B7 E
De quem faz meu bem querer

Trem do Pantanal

Regional ou Sertaneja, A música

Trem do Pantanal - Geraldo Roca e Paulo Simões
E                            G#
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m Bm E7 A
As estrelas do cruzeiro fazem um sinal
E G#
De que esse é o melhor caminho
C#m C
Pra quem é como eu
F#m B7 E
Mais um fugitivo da guerra
E G#
Enquanto esse velho trem atravessa o pantanal
C#m Bm E7 A
O povo lá de casa espera que eu mande um postal
E G# C#m C
Dizendo que eu estou muito bem e vivo
F#m B7 E B5+/7
Rumo à Santa Cruz de La Sierra
E G#
Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
C#m Bm E7 A
Só meu coração está batendo desigual
E G# C#m C
Ele agora sabe que o medo viaja também
F#m B7 E
Sobre todos os trilhos da terra
F#m B7 E
Rumo a Santa Cruz de La Sierra

Chalana

Duo Brasil Moreno
Chalana (rasqueado, 1952) - Mário Zan e Arlindo Pinto - Intérprete: Duo Brasil Moreno

Disco 78 rpm / Título da música: Chalana / Mário Zan (Compositor) / Arlindo Pinto (Compositor) / Duo Brasil Moreno (Intéprete) / Gravadora: Star / Ano: 1952 / Álbum: 370 / Lado B / Gênero musical: Rasqueado / Regional.


    D                    A7       D
Lá vai uma chalana, bem longe se vai
                         A7
Navegando no remanso do rio Paraguai
G
Oh chalana sem querer
D
Tu aumentas minha dor
A
Nessas águas tão serenas
                   D
Vai levando o meu amor

E assim ela se foi
                   A7
Nem de mim se despediu
G
A chalana vai sumindo
  A             D
Na curva lá do rio

E se ela vai magoada
                     A7
Eu bem sei que tem razão

Fui ingrato, eu feri
                D
O seu meigo coração

Missões naturais

Regional ou Sertaneja, A música

Missões naturais - Almir Sater e Renato Teixeira
C                     F
Vou nas asas dessa manhã
C F
E bons tempos me levarão
F C
Para Goiás, Minas Gerais e Maranhão
F
Vai, como quem pra guerra vai
C F
Que depois eu vou com você
C F C F C
Vai, pra além daqui, além dali, além de nós
F
Êta destino mais atrevido

Seguir em seguir, seguindo
C
Por aí feito um cigano
F
Eu aprendi a ver esse mundo

Com meu olhar mais profundo
C
Que é o olhar mais vagabundo
Em F F/G
Eu ando pelas estradas
F/A C
Quem sabe a gente já se viu
Bb C/E F/G C
Por aí, um dia quem sabe
C F C F
Nessa vida tudo se faz sob três missões naturais
C F C
Primeiro nascer, depois viver e aprender
C F C F
Só o aventureiro é capaz de partir e não voltar mais
C F C
Se realizar, depois sonhar, então morrer
F
Disse meu pai, não lhe digo menino

Você há de aprender com o sino
C
Qual o rumo, qual a direção
F
E disse o sino: alegria garoto

Esse pai será sempre seu porto
C
Não se acanhe se houver solidão
Em F F/G
Eu ando pelas estradas
F/A C
Quem sabe a gente já se viu
Bb C/E F/G C
Por aí, um dia quem sabe

Comitiva esperança

Regional ou Sertaneja, A música

Comitiva esperança - Almir Sater e Paulo Simões
D
Nossa viagem não é ligeira
A7 D
Ninguém tem pressa de chegar

A nossa estrada é boiadeira
A7 D
Não interessa onde vai dar
G D
Onde a Comitiva Esperança
G D
Chega já começa a festança

Através do Rio Negro,
A7 D
Nhecolândia e Paiaguás

Vai descendo o Piquiri
A7 D
O São Lourenço e o Paraguai


Tá de passagem, abre a porteira
A7 D
Conforme for, pra pernoitar

Se é gente boa, hospitaleira
A7 D
A Comitiva vai tocar
G
Moda ligeira que é uma doideira
D7 G
Assanha o povo e faz dançar
A7
Ou moda lenta que faz sonhar
G D
Quando a Comitiva Esperança
G D
Chega já começa a festança

Através do Rio Negro
A7 D
Nhecolândia e Paiaguás

Vai descendo o Piquiri
A7 D
O São Lourenço e o Paraguai

E A7
Ê tempo bão que tava por lá
G A7
Nem vontade de regressar
E A7
Só voltamos vou confessar

É que as água chegaram em janeiro

Deslocamos um barco ligeiro
D

Boiadeiro do Nabileque

Regional ou Sertaneja, A música

Boiadeiro do Nabileque - Almir Sater e João Bá
       E
Vai boiadeiro, rio abaixo
A
Vai levando gado e gente
B
O sal grosso e a semente
E E4 E
Eh, porto de Corumbá

Um amor, toda leveza
A
Como um canto de nobreza
B
Deslizar na veia d'água
E E4 E
Eh, rio Paraguai
F#m G
Rio acima, peixe bom
F#m
Passarada, matagal
A G
Véio bugre entoando
E
Seu antigo ritual
E A B E
Pantaneiro...

Boiada

Regional ou Sertaneja, A música

Boiada - Almir Sater e Renato Teixeira
A
Ele foi levando boi,
um dia ele se foi no rastro da boiada
D
A poeira é como o tempo,
um véu, uma bandeira, tropa viajada
A
Foram indo lentamente,
calmos e serenos, lenta caminhada
D
E sumiram lá na curva,
na curva da vida, na curva da estrada
E7
E depois dali pra frente,
não se tem notícias, não se sabe nada
A                   G
Nada que dissesse algo
D A/E
De boi, de boiada, de peão de estrada
C G/G
Disse um viajante, história mal contada
Bb D/A C
Ninguém viu, nem rastro, nem homem, nem nada
A
Isso foi há muito tempo,
tempo em que a tropa ainda viajava
D
Com seus fados e pelegos
no rangeu do arreio ao romper da aurora
A
Tempos de estrelas cadentes,
fogueiras ardentes, ao som da viola
D
Dias e meses fluindo,
destino seguindo, e a gente indo embora
E7
Isso tudo aconteceu no fato que se deu,
faz parte da história
   A                G               D
E até hoje em dia quando junta a peãozada
A/E C
Coisas assombradas, verdades juradas
G/B Bb
Dizem que sumiram, que não existiram
D/A
Ninguém sabe nada
A
Ele foi levando boi,
um dia ele se foi no rastro da boiada
D
A poeira é como o tempo,
um véu, uma bandeira, tropa viajada
E
Foram indo lentamente,
calmos e serenos, lenta caminhada
D
Dias e meses seguindo,
destino fluindo, e a gente indo embora
E7
Isso tudo aconteceu no fato que se deu,
faz parte da história
   A                G               D
E até hoje em dia quando junta a peãozada
A/E C
Coisas assombradas, verdades juradas
G/B Bb
Dizem que sumiram, que não existiram
D/A
Ninguém sabe nada

Poeira

Regional ou Sertaneja, A música

Poeira - Serafim Colombo Gomes e Luís Bonan
C                 G7
O carro de boi lá vai
C
Gemendo lá no estradão
G7 C
Suas grandes rodas fazendo
G7 C
Profundas marcas no chão
G7 C F
Vai levantando poeira, poeira vermelha
C G7 C
Poeira, poeira do meu sertão
G7
Olha seu moço a boiada
C
Em busca do ribeirão
G7 C
Vai mugindo e vai ruminando
G7 C
Cabeças em confusão
G7 C F
Vai levantando poeira, poeira vermelha
C G7 C
Poeira, poeira do meu sertão
G7
Olha só o boiadeiro
C
Montado em seu alazão
G7 C
Conduzindo toda a boiada
G7 C
Com seu berrante na mão
G7 C F
Seu rosto é só poeira, poeira vermelha
C G7 C
Poeira, poeira do meu sertão
G7
Barulho de trovoada
C
Coriscos em profusão
G7 C
A chuva caindo em cascata
G7 C
Na terra fofa do chão
G7 C F
Virando em lama a poeira, poeira vermelha
C G7 C
Poeira, poeira do meu sertão
G7
Poeira entra meus olhos
C
Não fico zangado não
G7 C
Pois sei que quando eu morrer
G7 C
Meu corpo irá para o chão
G7 C F
Se transformar em poeira, poeira vermelha
C G7 C C7
Poeira, poeira do meu sertão
F C
Poeira do meu sertão, poeira
G7 C
Poeira do meu sertão