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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pai Francisco

Pai Francisco (cantiga infantil) -CD As 100 Mais da Pré Escola - Patati Patatá - Vol 2

É uma roda, com uma menina do lado de fora. Cantam as da roda:

Pai Francisco entrou na roda,
Tocando seu violão.
Tá-ram-ram-tão-tão
Vem de lá seu delegado;
Pai Francisco foi pra prisão

Aqui o Pai Francisco se aproxima, todo se requebrando. A roda continua cantando:

Como ele vem
Todo requebrado
Parece um velho
Desengonçado

Então o Pai Francisco entra na roda e escolhe outra menina, que será o Pai Francisco na vez seguinte (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 11 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Pezinho

Pezinho (cantiga infantil) - Cantiga do Folclore Brasileiro

D                      A7
(Ai bota aqui ai bota ali o teu pezinho
                                  D
O teu pezinho bem juntinho com o meu
                                  A7
Ai bota aqui ai bota ali o teu pezinho
                                      D
O teu pezinho o teu pezinho ao pé do meu)

                   A7                      D
E depois não vá dizer que você já me esqueceu
                   A7                      D
E depois não vá dizer que você já me esqueceu
( )
                       A7                     D
E no chegar deste teu corpo, uma abraço quero eu
                       A7                     D
E no chegar deste teu corpo, uma abraço quero eu
( )
                      A7                              D
Agora que estamos juntinhos, da cá um abraço e um beijinho
                      A7                              D
Agora que estamos juntinhos, da cá um abraço e um beijinho
( )
                   A7                      D
E depois não vá dizer que você já me esqueceu
                   A7                      D
E depois não vá dizer que você já me esqueceu

Olhe a rolinha

Olhe a rolinha (cantiga infantil)

É uma roda de crianças e uma menina no meio. As da roda cantam:

Olhe a rolinha / Doce, doce
Ela voou / Doce, doce
Caiu no laço / Doce, doce
Embaraçou-se / Doce, doce

A criança do centro responde, juntando o seu pé ao da menina escolhida, alternadamente:

Bota aqui, bota aqui, / O teu pezinho,
Bota aqui, bota aqui / Junto do meu
No virar, no virar / Do teu pezinho
Um abraço e um beijinho / Lhe dou eu

Informante: Emília Melo. Natal, RN, 11 de abril de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

A árvore da montanha

A árvore da montanha (infantil) - Trio Yrakitan - 1958

Acordes: C F C F C G7 C

Refrão: A árvore da montanha / Olê aí a ô (4x)

Nesta árvore tem um galho
Ó que galho! / Belo galho!
Ai ai ai que amor de galho
O galho da árvore
Neste galho tem um ninho
Ó que ninho! / Belo ninho!
Ai ai ai que amor de ninho
O ninho do galho / O galho da árvore

Neste ninho tem um ovo
Ó que ovo! / Belo ovo!
Ai Ai Ai que amor de ovo
O ovo do ninho / O ninho do galho
O galho da árvore

Neste ovo tem um pássaro
Ó que pássaro! / Belo pássaro!
Ai ai ai que amor de pássaro
O pássaro do ovo / O ovo do ninho
O ninho do galho / O galho da árvore

Nesse pássaro tem uma pena
Ó que pena! / Bela pena!
Ai ai ai que amor de pena
A pena do pássaro / O pássaro do ovo
O ovo do ninho / O ninho do galho
O galho da árvore

Nessa pena tem uma flecha
Ó que flecha! / Bela flecha!
Ai ai ai que amor de flecha
A flecha da pena / A pena do pássaro
O pássaro do ovo / O ovo do ninho
O ninho do galho / O galho da árvore

Nessa flecha tem uma fruta
Ó Que fruta! / Bela fruta!
Ai ai ai que amor de fruta
A fruta da flecha / A fecha da pena
A pena do pássaro / O pássaro do ovo
O ovo do ninho / O ninho do galho
O galho da árvore

Nessa fruta tem uma árvore
Ó Que árvore! / Bela árvore!
Ai ai ai que amor de árvore
A árvore da fruta / A fruta da flecha
A flecha da pena / A pena do pássaro
O pássaro do ovo / O ovo do ninho
O ninho do galho / O galho da árvore

A velha a fiar

A velha a fiar (infantil)

Estava a velha no seu lugar, veio a mosca lhe incomodar.
A mosca na velha e a velha a fiar.

Estava a mosca no seu lugar, veio a aranha lhe fazer mal.
A aranha na mosa, a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava a aranha no seu lugar, veio o rato lhe fazer mal.
O rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava o rato no seu lugar, veio o gato lhe fazer mal.
O gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava o gato no seu lugar, veio o cachorro lhe fazer mal.
O cachorro no gato, o gato no rato,
o rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava o cachorro no seu lugar, veio o pau lhe fazer mal.
O pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato,
o rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava o pau no seu lugar, veio o fogo lhe fazer mal.
O fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato,
o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava o fogo no seu lugar, veio a água lhe fazer mal.
A água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro,
o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha,
a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava a água no seu lugar, veio o boi lhe fazer mal.
O boi na água, a água no fogo, o fogo no pau,
o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato,
o rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava o boi no seu lugar, veio o homem lhe fazer mal.
O homem no boi, o boi na água, a água no fogo,
o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato,
o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava o homem no seu lugar, veio a mulher lhe incomodar.
A mulher no homem, o homem no boi, o boi na água,
a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro,
o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha,
a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.

Estava a mulher no seu lugar, veio a morte lhe levar.
A morte na mulher, a mulher no homem, o homem no boi,
o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau,
o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato,
o rato na aranha, a aranha na mosca,
a mosca na velha e a velha a fiar.

Oh! Sindô le-lê

Oh! Sindô le-lê (cantiga infantil)

É uma roda de meninas, cantando:

Oh! Sindô lê-lê
Oh! Sindô lá-lá
Oh! Sindô lê-lê
Não sou eu que caio lá


Oh! Maria quer ser freira.
Não, senhor, quero casar;
Tenho o dia pro trabalho
E a noite pra descansar


Oh! Sindô lê-lê, etc.


Menina da saia curta,
Do cabelo de retrós;
Bota a chaleira no fogo,
Vai fazer café pra nós.


Oh! Sindô lê-lê, etc.


Menina da saia verde,
Não pise neste lameiro;
Não se importe, meu senhor,
Não custou o seu dinheiro.


Oh! Sindô lê-lê, etc.


Eu subi naquele morro,
De sapato de algodão;
O sapato pegou fogo
E eu voltei de pé no chão.


Oh! Sindô lê-lê, etc.

Informante: Dulce Caldas. Natal, RN, 3 de maio de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Oh! Que belas laranjas!

Oh! Que belas laranjas! - (cantiga infantil)

É uma roda de meninas, cantando:

Oh! Que belas laranjas, }
Ó maninha } bis
De que cor são elas? }


Elas são }
Verde, amarelas }
Vira, Maninha } bis
Cor de canela }

Todas as vezes que cantam — Vira Maninha — uma das meninas se volta para fora da roda, conservando-se de mãos dadas. A ronda termina quando a última criança se volta para fora, ficando todas de costas, umas para as outras, sem soltar as mãos (Maria Nazareth Silva. Natal, RN, 22 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

O tiriri

O tiriri (cantiga infantil)

É uma fileira de meninas de mãos dadas e uma outra defronte, a certa distância, que é o Tiriri. Cantam as da fileira:

Vem cá, Tiriri, }
Vem cá, Tiriri, }
As moças te chamam }
Tu não queres vir } bis

O Tiriri vai respondendo, tantas vezes queira, até se aproximar das meninas:

Eu não vou lá não,
Eu não vou lá não.
Qu'eu peço uma esmola
Vocês não me dão.

Fecha-se a roda,com o Tiriri no centro, e as meninas cantam:

Tiriri ri-ri,
De uma banda só,
Que ele Canta e dança,
Ninguém tenha dó


Ninguém tenha pena
De dona Fulana,
Que ela canta e dança
De uma banda só

Aqui, cada uma procura se abraçar com outra, ficando sempre uma delas sem par, que será o Tiriri seguinte (Emília Melo. Natal, RN, 10 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Roda pião

Roda pião (cantiga infantil)  - LP Cantigas de Roda: Trio Madrigal e Trio Melodia - 1944/1948

Lá
O pião entrou na roda, ó pião ! (bis)
      Mi             Lá
Roda pião, bambeia pião ! (bis)  (refrão)
Lá
Sapateia no terreiro, ó pião ! (bis)
Lá
Mostra a tua figura, ó pião ! (bis)
Lá
Faça uma cortesia, ó pião ! (bis) Lá Atira a tua fieira, ó pião ! (bis) Lá Entrega o chapéu ao outro, ó pião ! (bis)

Outra versão:

É uma roda de crianças e uma do lado de fora. Cantam as da roda:

O pinhão entrou na roda }
Ô pinhão
} bis

Roda, pinhão }
Bambeia, pinhão } bis

Aqui, a criança, que está fora, passa para dentro da roda e começa a dançar, dando voltas, se requebrando, imitando o pinhão. A roda continua cantando:

Amostra tua figura }
Ô pinhão } bis

Roda, pinhão }
Bambeia, pinhão } bis

Arrasta a saia no chão }
Ô pinhão } bis

Roda, pinhão }
Bambeia, pinhão } bis

Quando cantam — Arrasta a saia no chão, etc... — a menina do centro se abaixa e procura arrastar mesmo a barra do vestido no chão. Cantam as da roda:

Entrega o chapéu à outra }
Ô pinhão } bis

Roda, pinhão }
Bambeia, pinhão } bis

Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 18 de abril de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

O baú

O baú (cantiga infantil) - CD Cantigas de Roda - Vol 1 - 1985

Uma roda e uma menina no centro. A roda canta:

Quase que perco o baú
Perco o baú
Quase que não tomo pé
Não tomo pé
Por causa de um remador
De um remador
Que remou contra a maré

Quando cheguei lá na ponte
Lá na ponte
Perguntei quem me salvou
Quem me salvou
Respondeu o reservante
O reservante
Foi quem me desembarcou
Desembarcou

Então a menina do centro fica meio ajoelhada, de mãos postas em frente da que será escolhida, e canta:

Feliz mamãe
Tenha compaixão
De ver sua filhinha
Em seu doce coração

A menina escolhida passa para o centro da roda e continua o brinquedo (Noemi Noronha. Natal, RN, 11 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

O ba-be-bi-bo-bu

O ba-be-bi-bo-bu (cantiga infantil)

É uma roda de meninas e uma delas no meio. Cantam as da roda:

O ba-be-bi-bo-bu }
Vamos todos aprender } bis

Soletrando o b-a-bá, }
Na cartilha do a-b-c } bis

A menina que está no centro da roda escolhe, mentalmente, a primeira letra do nome de uma das amiguinhas, como por exemplo o B, e canta:

O b é uma letra }
Que se escreve no a-b-c } bis

Fulana você não sabe }
Quanto eu gosto de você } bis

A menina do centro abraça a escolhida, que passa para o meio da roda. Então, recomeçam todas a cantar o primeiro verso, etc (Maria Isabel Noronha. Natal, RN, 12 de abril de 1947).

Fonte: Série de cantigas infantis brasileiras registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Meu passarinho

Meu passarinho  (cantiga infantil)

Meu passarinho
Meu beija-fulô
Daí-me novas
De meu lindo amor } bis

Minha gente quer que eu diga
Seu Alceu, ele quem é
É um cravo com a rosa
No altar de São José

Fonte: Araújo, Alceu Maynard; Aricó Júnior. Cem melodias folclóricas; documentário musical nordestino (São Paulo, Ricordi, 1957, doc.45),

Meu papagaio

Meu papagaio -  (cantiga infantil) LP Edelson Moura -1985

Refrão:

Meu papagaio das asas douradas
Quem tem namorado brinca, meu papagaio
Quem tem fica sem nada, meu papagaio

Quem me dera, dera, dera, meu papagaio
Quem me dera pra mim só, meu papagaio
Me deitar na sua cama, meu papagaio
Me cobrir com seu lençol, meu papagaio

Quem tiver raiva de mim, meu papagaio
Quem não puder se vingar, meu papagaio
Bote os dentes na parede, meu papagaio
Coma barro até inchar, meu papagaio

Fonte: Araújo, Alceu Maynard; Aricó Júnior. Cem melodias folclóricas; documentário musical nordestino (São Paulo, Ricordi, 1957, doc.06)

Meu azulão

Meu azulão  (cantiga infantil)

Meu azulão, oi, paro aro aro
Avoador, oi, paro aro aro
Entrou na roda, oi, paro aro aro
Ai, meu amor, oi, paro aro aro


Eu queria ser papel
Pra voar de avião
Para ver o meu benzinho
No Colégio Diocesano


Atirei o limão verde
No fundo de uma bacia
Deu no cravo, deu na rosa
Deu na moça que eu queria

Fonte: Araújo, Alceu Maynard; Aricó Júnior. Cem melodias folclóricas; documentário musical nordestino (São Paulo, Ricordi, 1957, doc.07).

Mestre Domingues

Mestre Domingues - (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil


Mestre Domingues } bis
E o senhor, que mais levou? } bis

Eu levei uma calça velha
Que minha sinhá fretou
Quando eu cheguei lá no baile
A calça velha se rasgou

Informante: Emília Melo. Natal, RN, 25 de dezembro de 1947.

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Mestre André

Mestre André  (cantiga infantil) - CD  Canções Infantis 1996

Fui na loja do Mestre André
e comprei um pianinho
Plim, plim, plim, um pianinho

Ai olé, ai olé
Fui na loja do Mestre André
Fui na loja do Mestre André
E comprei um violão
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Ui na loja do Mestre André
E comprei uma flautinha
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Fui na loja do Mestre André
E comprei uma corneta
Tá, tá, tá, uma corneta
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Fui na loja do Mestre André
E comprei uma sanfoninha
Fom, fom, fom, uma sanfoninha
Tá, tá, tá, uma corneta
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho

Lagarta pintada

Lagarta pintada (cantiga infantil) - CD Chant des enfants du Monde, vol. 15 : Le Brésil

É uma roda de crianças, cada qual pegada na orelha da outra, cantando e dançando:

Lagarta pintada / Quem foi que te pintou
Foi uma velha / Que passou por aqui
A saia da velha / Fazia poeira
Puxa lagarta / No pé da orelha

Quando as meninas dizem - Puxa lagarta no pé da orelha - puxam realmente com força na orelha das outras (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 17 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Outras versões:

Lagarta pintada quem foi que te pintou?
foi uma menina que aqui passou
por dentro das areias levanta poeira
pega esta menina pela ponta da orelha.

Lagarta pintada quem foi que te pintou?
Foi a velha cachimbeira por aqui passou.
No tempo da areia fazia poeira, Puxa
Lagarta nessa orelha... Orelha, orelha!