Despertar do Sertão (canção, 1955) - Elpídio dos Santos e Pádua Muniz
A barulheira incessante da cascata
Um sabiá cantando alegre lá na mata
O sol que nasce por de trás do verde monte
Unindo a terra com o céu, no horizonte
A natureza sempre alegre e tão festiva
Num prazer ruidoso, comunicativa
O arvoredo com a música dos ninhos
Forma um poema à beira dos caminhos.
Ai, ai, ai
Mas como é lindo o despertar do meu sertão
Ai, ai, ai,
Benção Nhá Mãe, Benção Nhô Pai,
Bom dia irmão!
Já é manhã, as aves enamoradas
Falam de amores no alto das ramadas
O caboclo, ligeiro deixa a palhoça
Pega na enxada e vai cuidar da sua roça
A caboclinha tão bonita, um coração
Corre toda aflita cuidar da criação
Tudo se agita em doce harmonia
Assim no meu sertão começa um novo dia.
Ai, ai, ai
Mas como é lindo o despertar do meu sertão
Ai, ai, ai
Benção Nhá Mãe, Benção Nhô Pai
Bom dia irmão!
sábado, 18 de setembro de 2010
Cifras de músicas gaúchas

Vida de solteiro
Vida de solteiro - Teixeirinha
Tom: C7 Intro: F C7 F Nascido e criado lá meu Rio Grande C7 não tem quem me mande eu sou meu patrão Encilho meu pingo quando amanhece F e quando anoitece estou noutro rincão Chego numa festa de chapéu tapeado C7 não sou mal criado trato com respeito Eu toco violão e sou bom cantador F ser namorador é meu maior defeito Int. Gosto de carreira e de briga de galo C7 tenho um bom cavalo para condução Por onde eu passo eu namoro um pouco F mas eu não sou louco prender o coração As moças perguntam porque não me caso C7 eu não me atraso pra dar a resposta Eu sou muito novo e se eu me casar F irei carregar uma mulher nas costas Int. As velhas implicam por que não me amarro C7 só ponho no barro algum namoradinho Conheço as morenas, das loiras eu entendo F mas não me arrependo de viver sozinho Em porta de baile eu arrasto as esporas C7 briga sem demora logo me aparece Puxo meu facão e no meio da sala F eu encho de bala quem não me obedece Int. A vida é tão curta por isso aproveito C7 vivo desse jeito até quando eu quiser Quero aproveitar a vida de solteiro F gasto meu dinheiro e não quero mulher Se eu me casar eu perco a liberdade C7 vou sentir saudade das noites de farra Mais quando eu cansar de viver na orgia aí, F qualquer dia uma moça me agarra
Verde e amarelo
Verde e amarelo - Teixeirinha
Tom: F Intro: F C7 F
Sou caboclo amante da minha terra de um ranchinho lá da serra C7 Eu cheguei estou aqui
Sou tão simples como a flor da pitangueira mas eu conheço a bandeira F C7 F Desta terra brasileira pátria amada onde eu nasci
Bb Não desfaça da minha simplicidade da vergonha e da hombridade C7 Que eu trouxe da verde mata Bb F Sou caboclo, sou a água da cachoeira C7 F Sou o sabiá laranjeira sou a lua cor de prata Int.
Sou caboclo, da bandeira o amarelo sou os trigais dourado e belo C7 Sou a soja e o arrozal
Sou o verde da bandeira, o campo, é céu o Brasil é meu troféu F C7 F O caboclo sem chapéu cantando o hino nacional
Bb Sou vinte e duas estrelinha cor da água sou um brasileiro sem mágoa C7 A grandeza do universo Bb F Sou a haste da bandeira, sou azul C7 F Sou o cruzeiro do sul sou a ordem o progresso Int.
Sou caboclo deste Brasil continente sou a bandeira imponente C7 Amo ela e não é pouco
Se um irmão do meu verso desmerece menos do que eu conhece F C7 F A bandeira que enaltece este meu Brasil caboclo
Bb O bom Jesus nasceu de Maria santa e este caboclo que canta C7 De outra Maria nasceu Bb F Outra Maria eu casei e me beija a boca C7 F É a mais linda cabocla brasileira que nem eu Int.
Veneno na terra
Veneno na terra - Teixeirinha
Tom: Ab7 Intro: Db Ab7 Db
Ab7 Veio o progresso destruiu as matas Db e os passarinhos já foram embora Ab7 Os que não foram o veneno matou Db ai que tristeza o Rio Grande de outrora Ab7 Sei que o progresso é muito importante Db mais muita coisa ele também destrói Ab7 A natureza silvestre e saudável Db não tem mais, o coração me dói
Ab7 Não vejo as águas dos rios e riachos Db tão cristalina como antigamente Ab7 Onde as espécies matavam a sede Db e a natureza sorria pra gente Gb Veneno bravo do progresso louco Ab7 Db poluiu tudo desgraçadamente Int. Ab7 É muito lindo verduras plantadas Db ver os trigais, os arrozais também Ab7 Mais á na base do puro veneno Db então me diga que graça isso tem Ab7 Ganância triste querem plantar tudo Db por que não plantam só a metade Ab7 Preservem as matas e mãe natureza Db que dá saúde para humanidade
Ab7 Como é que antes plantavam a colhiam Db sem o veneno não havia a fome Ab7 Por que um inseto combatia o outro Db e não morria envenenado o homem Gb Mas gananciosos derrubaram as matas Ab7 Db e é só veneno que o povo consome Int. Ab7 Quero a volta das verdes matas Db quero as espécies do animal nativo Ab7 Quero os peixes de águas puras Db e também quero o progresso vivo Ab7 Quero retorno dos passarinhos Db quero a pureza dos campos e da serras Ab7 Pra não matar o homem do amanhã Db não ponham mais veneno na terra
Ab7 Quero que morra o cientista burro Db e no caixão leve todo o veneno Ab7 Quero que nasce um cientista humano Db com outra química para o terreno Gb Vão se unir as matas e as plantações, Ab7 Db e amanhecer molhados de sereno Int.
Velho casarão
Velho Casarão (xote) - Teixeirinha
LP 20 Anos de Glória - 1979
LP 20 Anos de Glória - 1979
Tom: E Intro: E A B7 E
B7 Velho casarão já quase tapera E da grande figueira sombreando o telhado B7 Se ela falasse contava a história E de quem te plantou há um século passado B7 Mas como eu sou neto de quem lhe plantou E eu conto a história casarão amado A Nas suas paredes tem furo de bala B7 das revoluções que a história fala A B7 Serviu de trincheira a varanda e a sala E pra seu construtor meu avô afamado Int. B7 Ali meu avô os doze filhos criou E sou filho que um empunhou a bandeira B7 Meu avô morreu e ficou o meu pai E mandando na estância pela vida inteira B7 Meus tios foram embora pra outra querência E ficou o casarão que foi sempre trincheira A Na frente o meu pai seu chimarrão tomava B7 comigo no colo ele me embalava A B7 Com a minha mãe os dois cantarolavam E para mim dormir na sombra da figueira Int. B7 Lá por trinta e dois houve outra revolta E as forças chegaram e foram invadindo B7 Meu pai minha mãe abraçados aos fuzis E velho casarão outra vez resistindo B7 Lá do meu berço eu sai engatinhando E pra ver e ouvir a bala zunindo A As forças recuaram acabou a desgraça B7 a figueira grande abafou a fumaça A B7 Meu pai demonstrou ter ficado com a raça E do meu velho avô que brigava sorrindo Int. B7 Casarão querido da grande figueira E ali fiquei moço faceiro e pachola B7 Meu pai me ensinou a ser bom cantador E e o primeiro acorde de uma viola B7 Depois veio a morte e levou os meus pais E sai pelo mundo minha fama minha rola A Quando ficar velho, velho casarão B7 volto pra contigo tombar no chão A B7 Da grande figueira quero o meu caixão E e pra minha alma o céu por esmola Int.
Infância frustrada
Infância frustrada - Teixeirinha
Tom: E Intro: D A E7 A
E7 A O fim do ano está chegando novamente E7 Me faz lembrar da minha infância tão cruel! D A Eu me frustrava, como eu me sentia mal E7 Naquele dia: vinte e cinco do Natal A Pobre de mim! Não tinha o bom Papai Noel.
REFRÃO E7 A Papai Noel, quanta tristeza você me dava E7 A Papai Noel, no meu ranchinho você não chegava!
Int. E7 A Naquele tempo pensei que o bom Papai Noel E7 Ele viesse pra criançada toda em geral D A Acreditava ardorosamente no bom velhinho E7 Que também vinha poro menino pobrezinho A Vem até hoje mais só quem pode ganha o Natal
E7 A Papai Noel velhinho esnobe, é comercial E7 A Papai Noel por isso os pobres não ganham Natal
E7 A Papai Noel hoje eu entendo quem é você E7 É um comerciante que só propaga na televisão... D A Não vem do céu, como eu pensava, antigamente E7 Ainda judias do pobrezinho do inocente A Como judiava do coitadinho do meu coração
E7 A Papai Noel hoje eu me vejo em cada criança E7 A E7 A Papai Noel que continuas na desesperança
Vai cantador
Vai cantador - Teixeirinha
Tom: D Intro: A7 D A7 D
D A7 D Ponteando sua viola lá vai indo o cantador A7 Nos seus versos bem rimados vai cantando a sua dor G D Sua voz cheia de mágoa sai do peito sofredor A7 D Na sua melancolia eu ouvi quando dizia saudades de um grande amor. A7 Vai cantador, desabafa tua mágoa, pra onde tu vais eu venho D Notes bem que eu também tenho, os meus olhos rasos d'água.
D A7 D Escuta minha tristeza no ponteio da viola A7 Os acordes doloridos é o pouco que me consola G D Pareço um menino triste que ainda não teve escola A7 D Pareço com o jogador que jogou o próprio amor agora pede esmola. A7 Vai cantador, tu vais voltar como eu quem vai atrás de guarida D Nos caminhos desta vida saudades nunca morreu.
D A7 D Viola quando eu morrer vou te deixar de herança A7 Pra aquela ingrata mulher uma dia terá lembrança G D De chegar na campa fria nem que seja por vingança A7 D Depositar uma flor para o triste cantador que eternamente descansa A7 Vai cantador que de volta estou chegando não há consolo alem D Irás aonde eu fui também, também voltarás chorando.
Um mundo de amor
Um mundo de amor - Teixeirinha
Tom: Dm Intro: Dm A7 Dm
Que bom se eu pudesse um dia A7 levar alegria pra quem tem tristeza Que se eu fosse mais que os nobres Dm pra levar aos pobres o pão sobre a mesa D7 Gm Quem bom seu pudesse sair fazer o surdo ouvir e mudo falar Dm A7 Que bom se eu pudesse fazer o paralítico andar e correr Dm E o bom ceguinho eu fizesse enxergar
C (Eu não queria ser cristo senhor Bb A7 Nem eu o cantor que vive de canções Gm Dm Eu simplesmente só queria ser A7 Um homem qualquer que tivesse o poder Bb A7 Dm Pra dar alegria a tantos corações) Int. Que bom se eu pudesse agora para as mães A7 que choram buscar seu filho amado Que bom se eu pudesse acalmar Dm a viúva a chorar, o esposo sepultado Que bom se eu pudesse a amante curar D7 Gm num instante seu coração da dor Dm Se eu pudesse os enfermos curar A7 e as guerras pudesse acabar Dm E fazer do mundo um mundo de amor ( )Int. Que bom se eu pudesse ao ladrão A7 lhe tornar cidadão de roubar ele deixasse Que bom se eu tornasse o bandido num bom pai, Dm bom marido da prisão eu lhe soltasse D7 Gm Que bom se ao ébrio eu pudesse e ele viesse do álcool deixar Dm Que bom que seria e que prazer profundo A7 se eu pudesse dar paz a este mundo Dm Para todos crescer, viver e amar ( )Int.
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