Alpendre da saudade - João Pacífico e Edmundo Souto
Às vezes fico / No alpendre da fazenda
Contemplando a vivenda / Onde eu era tão feliz
E bem na frente / Um barranco
Ao pé da estrada / Foi passagem de boiada
Tão pisado, / O chão me diz:
Por quê? / Por que você mudou?
Por que se afastou de mim?
Contemplando a vivenda / Onde eu era tão feliz
E bem na frente / Um barranco
Ao pé da estrada / Foi passagem de boiada
Tão pisado, / O chão me diz:
Por quê? / Por que você mudou?
Por que se afastou de mim?
Eu sou apenas / Uma estrada
Não sou mais pisada / E tão abandonada, enfim
Eu sou apenas / Uma estrada
Não sou mais pisada / E tão abandonada, enfim
Não sou mais pisada / E tão abandonada, enfim
Eu sou apenas / Uma estrada
Não sou mais pisada / E tão abandonada, enfim
De que me adianta / Esse alpendre da fazenda
Que eu troquei pela vivenda / Por ser tão cheia de pó
Mas era um pó / Cheio de felicidade
Hoje é pó da saudade / Aqui eu chorando / Aqui tão só
Eu sei, eu sei qual a razão / Pois o meu coração me diz
Mas quando eu pego na viola / Ela me consola
Ela é que me faz feliz
Mas quando eu pego na viola / Ela me consola
Ela é que me faz feliz
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