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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Liu e Léu


Liu e Léu - Dupla sertaneja formada pelos irmãos Lincoln Paulino da Costa, o Liu (Itajobi SP 1934—) e Walter Paulino da Costa, o Léu (Itajobi 1937—). De família de violeiros e catireiros, em casa todos dançavam e cantavam.


Mais tarde, Liu passou a escrever versos, que declamava nas festinhas, e Léu começou a aprender viola com Aparecido Sampaio, com quem chegou a se apresentar, tocando na Rádio Novo Horizonte SP, acompanhando Liu, que declamou, e Nené Cunha, que cantou.

Em 1957, a dupla foi para São Paulo SP, sendo convidada a participar do programa Novidades Sertanejas, da Rádio Bandeirantes. Em seguida, recebeu convite para atuar nos programas Brasil Caboclo e Na Serra da Mantiqueira. Gravou com sucesso vários 78 rpm, sendo o primeiro com Rei do café (Carreirinho e Teddy Vieira), pela Chantecler em 1959, e o segundo com Boiadeiro errante (Teddy Vieira).

Em 1962 lançou seu primeiro LP, Adeus, minha terra, pela Continental, com a música-título de sua autoria, além de outros êxitos, como Ladrão de gado (Teddy Vieira e Nelson Gomes) e Triste cabana (Zé Claudino e Geraldo Meireles).

Em 1963 lançaram LP com Onde eu moro (Edward de Marchi), pela Chantecler.

Continuando a gravar, em 1967 a dupla lançou pela Chantecler, entre outros sucessos, A terra e o homem (Zé Paioça), Cascata (Bruno Linhares), Canção da felicidade (João Pacífico), O sertão e a capital (Zé Batuta e Moacir dos Santos) e Mensagem de Teddy Vieira (Augusto de Toscano e Sulino), cantada por Léu com declamação de Liu, em homenagem ao seu padrinho artístico.

Na RCA a dupla gravou outros êxitos, como O sertanejo é um forte e Somente agora (ambos de Dino Franco e Ari Guardião). 

Lançou, em 1973, pela Continental, novo LP, com a faixa-título Amanhecer de minha terra (Dino Franco) e Amor à primeira vista (Edward De Marchi), entre outros sucessos. No ano seguinte, pela mesma gravadora, destacaram-se os êxitos Gente que eu gosto (Jango e Liu), Mulher e dinheiro (Carreirinho), Saudades de peão (J. Davi Vieira e Craveiro). 

Em 1975 a dupla gravou, ainda na Continental, outro LP, cuja faixa de maior sucesso é Abismo cruel (Zé Fortuna e Sulino). 

Em 1976 lançaram LP pela Copacabana, com destaque para Caboclo abençoado (Luís Castro e Bambuí) e Motivo de saudade (Nonô Basílio). Ainda pela Copacabana, foi lançado em 1977 outro LP, com Legítimo doutor (Zeca e Geraldinho). 

No ano seguinte, passaram a ter sua própria gravadora, Tocantins, pela qual gravaram sete LPs, nos anos de 1978 (com destaque para Sementinha, de Dino Franco e Tapuan), 1980 (Adeus minha terra, só de modas-de- viola, com a música-título da dupla), 1983 (regravação de antigos sucessos), 1983 (com guarânias, cuja música-título foi O ipê e o prisioneiro, de José Fortuna e Paraíso), 1984 (também de modas-de-viola, com a música-título Filão do caipira, de Eduardinho e Tião do Carro), 1986 (com a música-título Cadeia de papel, de José Fortuna e Paraíso) e 1989 (com Mãe de carvão, de José Caetano Erba e Tião do Carro). 

Venderam a gravadora em 1992 e continuaram apresentando-se em programas de TV e shows. Em 1993 a gravadora Warner relançou antigos sucessos da dupla no CD Som da terra. Outros CDs com relançamento de músicas antigas saíram pela Sabiá (1994), pela Tocantins (3 CDs em 1996) e pela RCA (BMG/Ariola), em 1997, dentro da série Luar do sertão. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

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